quarta-feira, 11 de outubro de 2017

TIRADENTES E A VISÃO ESPÍRITA

Tiradentes2
A história tradicional que o homem conhece tem as características de contar os fatos acontecidos com os povos no mundo observando-se o lado material do ocorrido.
Com o Espiritismo aprendemos a conhecer a história vista do lado espiritual, pois grande parte dos acontecimentos registrados no mundo tem suas origens no mundo espiritual.
Através de obras de autores espirituais, por meio das mãos abençoadas de médiuns de extrema confiança, aprendemos um pouco daquilo que a história nos conta e que estão intimamente ligados aos desejos das entidades superiores que comandam nosso planeta.
Estudemos um pouco o 21 de Abril na história.
No dia 21 de abril de 1792, numa manhã de sábado, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro do Rio de Janeiro, desde a cadeia pública até o patíbulo onde foi enforcado. Foi uma longa encenação para que o público presente nunca mais pensasse em inconfidência.
Joaquim José da Silva Xavier foi enforcado, no largo da Lampadosa, Rio de Janeiro e depois de esquartejado teve seus despojos pendurados em postes nas Minas Gerais.
O desejo de libertação das garras de Portugal havia sido bradado nas Minas Gerais, devido ao despotismo e tirania com que o povo era tratado. A riqueza da capitania estava sendo levada para outras plagas enquanto os trabalhadores morriam na miséria. Tiradentes e outros inconfidentes lutaram para libertar o Brasil dessa ignomínia. Presos, somente Tiradentes foi enforcado. Os outros inconfidentes foram degredados.
A espiritualidade nos conta que Tiradentes, tão logo desencarnou, foi recebido pelo Espírito Ismael, que é o mentor espiritual do Brasil, e que o mesmo lhe disse que estava pagando naquele resgate os tributos que havia adquirido quando fora um inquisidor.
Tiradentes seguiu por uma estrada luminosa que se abriu no céu e assim, afastado do local do suplício, não contemplou o esquartejamento de seu corpo.
Tempos depois ele auxilia na montagem do cenário para a independência do Brasil, sendo que no dia do grito do Ipiranga, no famoso “Independência ou Morte” ele estava junto ao Imperador Dom Pedro I.
Transcorreram trinta anos desde a sua morte na forca e a emancipação política do Brasil. Se no corpo carnal Tiradentes não conseguiu a tão almejada independência, em Espírito ele esteve presente em todas as nuances até o ato final. Conseguia assim o Espírito Tiradentes libertar o Brasil do poderio de Portugal para que pudesse construir o seu futuro livremente a partir de 07 de setembro de 1822.
No próximo dia 21, comemoraremos os 221 anos da desencarnação de Tiradentes, o Mártir da Inconfidência Mineira, que morreu enforcado no Rio de Janeiro. Como se sabe, ele liderou o movimento formado pelos Inconfidentes, cujo objetivo era o de emancipar politicamente o Brasil de Portugal. Os delatores da Inconfidência, porém, levaram o plano ao então governador de Minas Gerais. Presos, Tiradentes no Rio de Janeiro e os demais membros da conspiração em Vila Rica, foi aberto o inquérito que os condenou à morte. Durante a leitura da peça condenatória, os infelizes sentenciados passaram as mais recíprocas recriminações, diante da fraqueza moral de que eram possuídos.
Mas, no dia seguinte, a Rainha de Portugal, D. Maria I, modificou a pena de morte dos Inconfidentes pela extradição para desoladas regiões africanas, com exceção do líder Joaquim José da Silva Xavier. Ele seria enforcado, conservando-se o cadáver insepulto e esquartejado, para servir de exemplo aos que planejassem traições à Coroa Portuguesa.
Relata o Espírito Humberto de Campos, no livro Brasil Coração do Mundo – Pátria do Evangelho, na psicografia de Chico Xavier, que Tiradentes revestiu-se de supremo heroísmo. Seu coração sentiu alegria sincera pela expiação cruel que somente a ele fora reservada. Ao morrer na forca, Tiradentes foi cercado pelas falanges invisíveis de Ismael, Guia Espiritual do Brasil, e sua alma edificada foi recebida por este elevado mensageiro do Mestre Jesus, que lhe disse: “Irmão querido, resgatas hoje os delitos cruéis que cometeste quando te ocupavas da função de inquisidor, nos tempos passados. Redimiste o pretérito obscuro e criminoso, com as lágrimas do teu sacrifício em favor da Pátria do Evangelho…”.
Ismael esclarecia ao Espírito Tiradentes que, ao morrer enforcado, a lei de “ação e reação” havia sido exercida, de acordo com os ensinamentos de Jesus, ao enunciar que “a cada um será dado segundo as suas próprias obras”. Afinal, Deus sempre dá ao espírito culpado a oportunidade de reencarnar e reparar os erros cometidos em encarnações anteriores.

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