sábado, 26 de agosto de 2017

AUTO ESTIMA

Auto estima, auto amor, auto valor, auto ajuda, se fala tanto sobre isso atualmente, da importância de se bem querer e de se querer bem. Talvez tenha demorado para percebermos o valor que tem a gente se dar valor. Mas, como diz um velho ditado: antes tarde, do que nunca.
Já é de conhecimento da maioria que o segredo da felicidade em primeiro lugar é o AMOR.
Amor ao próximo, em Deus, em tudo que está ao nosso redor, em tudo que é obra do TODO!
Como podemos amar a tudo isso, se não nos amarmos primeiro?
Se queira bem, se elogie, olhe no espelho e goste do que está vendo, e se não estiver satisfeita (o) vá atras de seu objetivo.
Você é especial, ou então, por que Deus lhe daria a dadiva da vida? Pense nisso…e seja FELIZ!!!
“ Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome… Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é…Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de… Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é… Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama… Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é… Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a… Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é… Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é… Saber viver!”

Se você tem depressão e baixa autoestima, aprenda a gostar de si mesmo e de ser menos dependente das opiniões dos outros.


Depois de passar muito tempo em um ambiente emocionalmente agressivo, depressão, ou outro tipo de problema, é fácil chegar a duvidar do seu próprio valor.
A Depressão e baixa auto-estima, muitas vezes andam de mãos dadas. Baixa auto-estima deixa indivíduos vulneráveis ​​à depressão. A depressão dá um golpe à auto-estima.
A maioria dos casos de depressão são o resultado de baixa auto-estima.
A depressão distorce o raciocínio, tornando uma pessoa que antes era confiante, numa pessoa que se sente insegura e negativa. Já para não falar que a depressão baixa a auto estima…
Como pode então viver com paz interior? Aqui estão as nossas dicas:

1. Controle o diálogo consigo mesmo

Você deve mudar seu diálogo interno se você acha que não é bom o suficiente ou pensa que os outros não gostam de si adequadamente.
Ao assumir que outras pessoas lhe devem alguma coisa em seus méritos, você vai sofrer por ter expectativas irrealistas e insatisfeitas, e como resultado vai ficar com raiva, exigente, e vai se sentir constantemente vazio por dentro.
Tente ser bom o suficiente para si, sem se preocupar com a apreciação dos outros.
Uma boa estratégia é investigar os seus pensamentos, pergunte a si mesmo:
  • Que evidências suportam o meu pensamento?
  • As outras pessoas diriam que isso é verdade sobre mim?
  • Será que me sentir assim faz-me sentir bem comigo mesmo ou ruim sobre mim mesmo?

2. Encontre o equilíbrio

Se você se colocar em segundo lugar e não satisfazer as suas necessidades básicas, você tem que começar a ver, em primeiro lugar, o que é essencial para você, e, em seguida, atender às necessidades dos outros. Ao colocar-se em primeiro lugar, você vai se sentir importante, divertir-se e não estar dependente dos outros.
Por outro lado, se está à espera que is outros são capazes de fazer tudo para você, você nunca pode aprender a tolerar as imperfeições dos outros, e, portanto, não vai desenvolver habilidades de empatia que são indispensáveis ​​para manter relacionamentos saudáveis.
Olhe para o equilíbrio entre o que você precisa fazer para si e para o que pode esperar dos outros.

3. Aprecie e Valorize

Se o seu senso de autoestima é baseada em agradar aos outros, isto vai devasta-lo. Seu valor é definido apenas pelo tratamento que você aceitar ou qual o tratamento que você espera, e não pela forma como você é na relação com as pessoas.
Além disso, enquanto espera que o elogiem, você não pode desenvolver a sua autoestima. Você vai dar valor, com base na opinião dos outros, e, em seguida, a sua autoestima vai ser superficial.
Para aprender a valorizar-se, assuma a responsabilidade pela sua vida e veja como ela sente a sua própria força.

4. Crie a sua felicidade

A felicidade não é uma coisa dada, mas sim um processo de desenvolvimento. Se o sentimento de felicidade não vem de dentro, você naturalmente irá procurá-la. Mas isso leva a dependência emocional.
Acredite que você merece amor e felicidade. Procure maneiras de ser feliz, crie um bom humor e desfrute da sua vida. Só ai, você vai atrair pessoas que o vão adorar com a mesma força como você ama a si mesmo.

5. Tenha orgulho em si

Faça coisas que tem orgulho. Cuide da sua aparência, seja simpático, vista-se bem e seja calmo, lembre-se dos limites, e cuide do seu corpo, irá ver que a depressão por baixa auto estima irá desaparecer.
Mantenha-se confiante. Você tem muitas qualidades, diga o que quiser. Confie em si mesmo, o que você é, e orgulhe-se por isso. Não se compare com os outros porque você é único neste mundo.

6. Faça Exercício Físico

Se está com depressão e autoestima baixa, o exercício é bom em todos os aspectos. Para começar, ainda não inventaram um melhor calmante e antidepressivo. Exercício faz com que fique bem-humorado e satisfeito com o seu corpo. Nada machuca mais a autoestima do que ser infeliz com sua aparência.
Faça exercício pelo menos três vezes por semana e passe mais tempo fora. Ao sair de casa, você sai da rotina e lembra-se como tudo é maravilhoso, como a vida é boa e quantas coisas você pode ser grato.
Apenas um pouco de ar fresco tira o mau humor da sua cabeça.

7. Esforce-se

Trabalho gera talento, então esqueça que para ter sucesso tem que ter habilidades raras. Aqueles que trabalham duro, sem qualquer privilégio conseguem ter sucesso.
Nada vai deixá-lo tão satisfeito como a orientação para uma meta, a fidelidade a si mesmo se manifesta no trabalho duro.
O sucesso gera naturalmente amor próprio e autoestima, bem como o sentimento de felicidade.

8. Coma Bem

Para se sentir bem e ser feliz, tenha uma alimentação saudável. Deixe seu cérebro consumir nutrientes que ajudam a estar em boa saúde e de bom humor. Coma vegetais, ingira bastante água e proteínas simples.

9. Opte por relacionamentos saudáveis

Escolha as pessoas que o tratam com amor e respeito. Desista das relações em que você tem que provar constantemente o seu valor para manter o amor do parceiro.
Além disso, de modo a ter uma autoestima adequada, evite que os outros exijam satisfazer as suas necessidades.

10. Conte consigo mesmo

Não deixe que os outros façam o que você pode fazer sozinho. Ser preguiçoso não o levará a uma autoestima saudável. Saiba como satisfazer as suas necessidades básicas e sentir bem quando você está sozinho.
Assuma o controle de si mesmo e se torne numa boa pessoa, na qual você pode admirar, e que você pode contar e confiar.

11. Deixe que os outros sejam eles mesmos

Se você é emocionalmente dependente, e não é confiante ou exige muitas coisas, é provável que tente controlar aqueles que ama.
As pessoas vão amá-lo muito mais se você lhes der liberdade para eles serem quem são.

12. Sinta-se feliz por os outros

Uma pessoa com boa autoestima quase nunca tem ciúmes porque ele está satisfeito com sua vida, carreira e relacionamentos. Em primeiro lugar, esteja feliz com você mesmo, com a pessoa que você é. Mas também se sinta feliz pelos os outros.
Acredite em mim, há amor, sucesso e felicidade para todos. Se você perceber que o fato de os outros terem coisas boas, não é um obstáculo a que você as tenha, então deixará de pensar sobre o sucesso e a felicidade dos outros como uma ameaça para si e sua autoestima.
Lembre-se, sua autoestima é o seu presente para você mesmo e aos outros.

MOMENTOS DIFÍCEIS

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Reflexão: O CÂNTARO MILAGROSO

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Numa cidade da Pérsia, de nome LAR, vivia, há muitos anos, um pescador de nome Sandérji, muito indolente, que não gostava de trabalhar.
Dormindo à sombra de acolhedora árvore, Sandérji teve um sonho que muito o impressionou.
Sonhou que se encontrava num campo, onde encontrou um grande cântaro, em cujo fundo descobriu uma moeda de ouro.
Surpreso e feliz, enfiou a mão no jarro e retirou a moeda.
Mergulhou novamente a mão no cântaro e, espantado, encontrou nova moeda de ouro. Era milagroso o jarro! Debaixo de cada moeda o pescador tirava outra e mais outra, sempre que repetia o gesto.
Ao acordar, intrigado com o sonho, resolveu consultar um velho sacerdote, que era perito em decifrar sonhos.
Visitando o experimentado sacerdote, perguntou-lhe, após contar-lhe o singular sonho, o seu significado.
Como explicar o estranho caso da moeda que se encontrava no fundo do jarro, que se multiplicava em outra e mais outra, sempre que ele mergulhava a mão no fundo do cântaro?
— É fácil desvendar o mistério, respondeu-lhe o sacerdote. Vai ao rio e atira a rede várias vezes e terás a interpretação do sonho.
Sandérji se encheu de ânimo e foi ao rio.
Vendo vários peixes que nadavam na corrente límpida, lançou rápido a rede e apanhou alguns. Repetiu o gesto, agora mais animado, e peixes e mais peixes lhe chegavam às mãos, vindo do fundo das águas dadivosas.
Os peixes surgiam a cada vez que ele repetia o trabalho.
Assim, trabalhando ativamente, conseguiu pesca abundante num só dia. Muito mais do que havia pescado num ano inteiro.
No fim da tarde, um rico mercador que passava com seus ajudantes, ao ver os cestos repletos de lindos peixes, comprou-os todos por uma boa quantia.
Só então o pescador entendeu o significado do sonho e o verdadeiro sentido das palavras do velho sacerdote.
O cântaro milagroso era, afinal, o rio de onde ele tirava os peixes, que se transformavam nas moedas de ouro, pelo trabalho constante.

A Geração Nova-Chegaram os dias




Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.
A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.
Tudo, pois, se processará exteriormente, como sói acontecer, com a única, mas capital diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.
Muito menos, pois, se trata de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, neste sentido é que Jesus entendia as coisas, quando declarava: «Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido.» Assim decepcionados ficarão os que contem ver a transformação operar-se por efeitos sobrenaturais e maravilhosos.

A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares.
Têm idéias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém sobretudo das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.
Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração.
O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tildo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.
Desses vícios é que a Terra tem de ser expurgada pelo afastamento dos que se obstinam em não emendar-se; porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque o contacto com eles constituirá sempre um sofrimento para os homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperem que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores.
Não se deve entender que por meio dessa emigração de Espíritos sejam expulsos da Terra e relegados para mundos inferiores todos os Espíritos retardatários. Muitos, ao contrário, aí voltarão, porquanto muitos há que o são porque cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo. Nesses, a casca é pior do que o cerne. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos prejuízos do mundo corporal, eles, em sua maioria, verão as coisas de maneira inteiramente diversa daquela por que as viam quando em vida, conforme os múltiplos casos que conhecemos. Para isso, têm a auxiliá-los Espíritos benévolos que por eles se interessam e se dão pressa em esclarecê-los e em lhes mostrar quão falso era o caminho que seguiam. Nós mesmos, pelas nossas preces e exortações, podemos concorrer para que eles se melhorem, visto que entre mortos e vivos há perpétua solidariedade.
É muito simples o modo por que se opera a transformação, sendo, como se vê, todo ele de ordem moral, sem se afastar em nada das leis da Natureza.
Sejam os que componham a nova geração Espíritos melhores, ou Espíritos antigos que se melhoraram, o resultado é o mesmo. Desde que trazem disposições melhores, há sempre uma renovação. Assim, segundo suas disposições naturais, os Espíritos encarnados formam duas categorias: de um lado, os retardatários, que partem; de outro, os progressistas, que chegam. O estado dos costumes e da sociedade estará, portanto, no seio de um povo, de uma raça, ou do mundo inteiro, em relação com aquela das duas categorias que preponderar.
Uma comparação vulgar ainda melhor dará a compreender o que se passa nessa circunstância. Figuremos um regimento composto na sua maioria de homens turbulentos e indisciplinados, os quais ocasionarão nele constantes desordens que a lei penal terá por vezes dificuldades em reprimir. Esses homens são os mais fortes, porque mais numerosos do que os outros. Eles se amparam, animam e estimulam pelo exemplo. Os poucos bons nenhuma influência exercem; seus conselhos são desprezados; sofrem com a companhia dos outros, que os achincalham e maltratam. Não é essa uma imagem da sociedade atual?
Suponhamos que esses homens são retirados um a um, dez a dez, cem a cem, do regimento e substituídos gradativamente por iguais números de bons soldados, mesmo por alguns dos que, já tendo sido expulsos, se corrigiram. Ao cabo de algum tempo, existirá o mesmo regimento, mas transformado. A boa ordem terá sucedido à desordem.
As grandes partidas coletivas, entretanto, não têm por único fim ativar as saídas; têm igualmente o de transformar mais rapidamente o espírito da massa, livrando-a das más influências e o de dar maior ascendente às idéias novas.
Por estarem muitos, apesar de suas imperfeições, maduros para a transformação, é que muitos partem, a fim de apenas se retemperarem em fonte mais pura. Enquanto se conservassem no mesmo meio e sob as mesmas influências, persistiriam nas suas opiniões e nas suas maneiras de apreciar as coisas. Uma estada no mundo dos Espíritos bastará para lhes descerrar os olhos, por isso que aí vêem o que não podiam ver na Terra. O incrédulo, o fanático, o absolutista, poderão, conseguintemente, voltar com idéias inatas de fé, tolerância e liberdade. Ao regressarem, acharão mudadas as coisas e experimentarão a influência do novo meio em que houverem nascido. Longe de se oporem às novas idéias, constituir-se-ão seus auxiliares.

A regeneração da Humanidade, portanto, não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo. Assim, nem sempre os que voltam são outros Espíritos; são com freqüência os mesmos Espíritos, mas pensando e sentindo de outra maneira.
Quando insulado e individual, esse melhoramento passa despercebido e nenhuma influência ostensiva alcança sobre o mundo. Muito outro é o efeito, quando a melhora se produz simultaneamente sobre grandes massas, porque, então, conforme as proporções que assuma, numa geração, pode modificar profundamente as idéias de um povo ou de uma raça.
É o que quase sempre se nota depois dos grandes choques que dizimam as populações. Os flagelos destruidores apenas destroem corpos, não atingem o Espírito; ativam o movimento de vaivém entre o mundo corporal e o mundo espiritual e, por conseguinte, o movimento progressivo dos Espíritos encarnados e desencarnados. É de notar-se que em todas as épocas da História, às grandes crises sociais se seguiu uma era de progresso.

Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, visto que elas apressarão a eclosão dos novos germens. São as folhas que caem no outono e às quais sucedem outras folhas cheias de vida, porquanto a Humanidade tem suas estações, como os indivíduos têm suas várias idades. As folhas mortas da Humanidade caem batidas pelas rajadas e pelos golpes de vento, porém, para renascerem mais vivazes sob o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica.
Para o materialista, os flagelos destruidores são calamidades carentes de compensação, sem resultados aproveitáveis, pois que, na opinião deles, os aludidos flagelos aniquilam os seres para sempre. Para aquele, porém, que sabe que a morte unicamente destrói o envoltório, tais flagelos não acarretam as mesmas consequências e não lhe causam o mínimo pavor; ele lhes compreende o objetivo e não ignora que os homens não perdem mais por morrerem juntos, do que por morrerem isolados, dado que, duma forma ou doutra, a isso hão de todos sempre chegar.
Os incrédulos rirão destas coisas e as qualificarão de quiméricas; mas, digam o que disserem, não fugirão à lei comum; cairão a seu turno, como os outros, e, então, que lhes acontecerá? Eles dizem: Nada! Viverão, no entanto, a despeito de si próprios e se verão, um dia, forçados a abrir os olhos.