domingo, 29 de setembro de 2013

O VERBO

"Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina." - Paulo. (TITO, 2:1.)

Desde que não permaneças em temporária inibição do verbo, serás assediado a
falar em todas as situações.
Convocar-te-ão a palavra os que desejam ser bons e os deliberadamente maus, os
cegos das estradas sombrias e os caminheiros das sendas tortuosas.
Corações perturbados pretenderão arrancar-te expressões perturbadoras.
Caluniadores induzir-te-ão a caluniar.
Mentirosos levar-te-ão a mentir.
Levianos tentarão conduzir-te à leviandade.
Ironistas buscarão localizar-te a alma no falso terreno do sarcasmo.
Compreende-se que procedam assim, porquanto são ignorantes, distraídos da
iluminação espiritual. Cegos desditosos sem o saberem, vão de queda em queda, desastre
a desastre, criando a desventura de si mesmos.
Tu, porém, que conheces o que eles desconhecem, que cultivas na mente valores
espirituais que ainda não cultivam, toma cuidado em usar o verbo, como convém ao
Espírito do Cristo que nos rege os destinos. É muito fácil falar aos que nos interpelam, de
maneira a satisfazê-los, e não é difícil replicar-lhes como convém aos nossos interesses e
conveniências particulares; todavia, dirigirmo-nos aos outros, com a prudência amorosa e
com a tolerância educativa, como convém à sã doutrina do Mestre, é tarefa complexa e
enobrecedora, que requisita a ciência do bem no coração e o entendimento evangélico
nos raciocínios.
Que os ignorantes e os cegos da alma falem desordenadamente, pois não sabem,
nem vêem... Tu, porém, acautela-te nas criações verbais, como quem não se esquece das
contas naturais a serem acertadas no dia próximo.

sábado, 14 de setembro de 2013

CUIDA DE APRENDER

Cuidai de aprender a pensar com retidão; cuidar de aprender a falar com
decência; cuidai de aprender a viver na inspiração do Amor
passamos a viver com o ignorante, respirando com
ele o mesmo clima do ódio, da inveja e do orgulho, é bom que te lembres do que te
falei muitas vezes, sobre o perdão das ofensas, do esquecimento das faltas, do amor
aos próprios malfeitores. Esse procedimento isola o ofendido do ofensor, e o ajuda a
compreender as leis de Deus, que vibram em tudo e orientam a todos
A honestidade na criatura é a presença da
confiança no coração.
Quem me acompanha deve perder o hábito de ferir, de criticar e de perder tempo com
atos incômodos, criando ambiente para alegrias constantes, juntamente com o Bem
que sempre vive. Eu te falo como espírito sem raça e sem pátria, porque a minha raça

é a humanidade e a minha pátria, o mundo, senão humanidades e mundos

ENSINAMENTOS



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

GUARDE CERTEZA

O ato de rebeldia e dureza, antes de manifestar-se em maligna agitação, transforma o templo da alma em foco de lixo vibratório.
A palavra precipitada e ferina, antes de ferir o ouvido alheio, entenebrece os processos mentais do seu autor, com a sombra da invigilância.

A queixa, embora aparentemente justa, antes de parasitar o equilíbrio do próximo, vicia as intenções mais íntimas do seu portador.

A opinião estagnada e orgulhosa, antes de acabrunhar o interlocutor, cristaliza as possibilidades de atualização e aperfeiçoamento de quem a manifesta.

O hábito lamentável, superficialmente comum, antes de sugerir a trilha da frustração ao vizinho, aprisiona quem o cultiva em malhas invisíveis de lodo e sombra.

A repetição deliberada de um erro, antes de dilapidar a reputação do delinqüente, intoxica-lhe a vontade e solapa-lhe a segurança.

A grande ação delituosa, antes de exteriorizar-se para o conhecimento de todos, é precedida por pequenas ações infelizes, ocultas nos propósitos escusos daquele que a perpetra.

O desculpismo improcedente, antes de ser vã tentativa de iludir os outros, constitui a realização efetiva da ilusão naquele que o promove.
Antes de agirmos, mentalizamos a ação.
Antes de atuarmos na vida exterior, atuamos em nossa vida profunda.
Antes de sermos bons ou maus para todos, somos bons ou maus para nós mesmos.

Guarde certeza dessas realidades.
Antes de colher o sorriso da felicidade que esperamos através dos outros, é preciso vivermos o bem desinteressado e puro que fará felizes aqueles que nos farão felizes por
nossa vez.

EMMANUEL E ANDRÉ LUIZ - DO LIVRO "ESTUDE E VIVA" - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

REBELDIA

Rebeldia? Rebeldia por quê?
Ousamos perguntar com respeito.

Nos processos da Natureza que te serve,
em nome do Criador, não encontras a revolta em agente algum.

Podas a árvore, no intuito de colher
benefícios e a árvore podada te responde com mais frutos.

Cortas a pedra para que ela te auxilie na
construção e não lhe ouves queixa alguma.

Tosquias a ovelha para que se te acrescente
o agasalho e a ovelha te obedece sem reclamações.

Aprendamos.

Se isso acontece nos domínios da Natureza,
aos quais a razão ainda não enriqueceu, que
se aguardará de nós outros, criaturas de Deus,
com os melhores padrões de discernimento?

Se algo te aborrece, reflete no assunto e,
possivelmente, reconhecerás que sofres algum
desgosto contigo mesmo.

Se te sentes mal-remunerado em serviço, anota
quanto gastas, equilibrando receita e despesa,
à custa do próprio esforço, sem exigir, em teu
favor, a posição daqueles amigos que te
chefiam, para a qual não te preparaste.

Se algum companheiro te incita à discórdia,
silencia e concluirás que semelhante desafio
não se te fará um caminho de paz.

Em qualquer dificuldade, acalma-te, cultiva a
paciência que trabalha sempre e espera sem aflição.

Rebeldia é uma das piores formas de violência
e a violência não auxilia a ninguém.

[Emmanuel]
[Francisco C. Xavier]