domingo, 31 de agosto de 2014

OUVE A TUA CONSCIÊNCIA


 A Lei de Deus está escrita na consciência da criatura humana.

Essa lúcida contestação dos Mentores da Humanidade ao codificador do Espiritismo, Allan Kardec, abre espaço à Psicologia para melhor entender os conflitos e os comportamentos complexos que enfrenta.

Para que a consciência possa contribuir saudavelmente em favor da conduta humana torna-se indispensável o hábito da reflexão, a fim de que os níveis primários em que se apresenta ceda lugar à iluminação em estágio mais avançado.

É compreensível que o Espírito em condições aflitivas tenha dificuldade de identificar a Lei de Deus nele ínsita. Porque predomina a matéria, as sensações mais grosseiras na sua existência, permanece como solo crestado que não permite à semente nele plantada romper-lhe a couraça, facultando que desabrochem as potências adormecidas.

Em razão da sensualidade e dos apegos aos prazeres imediatos e desgastantes, continua em germe a essência divina nos refolhos dessa área superior da psique – a consciência.

O hábito, porém, de silenciar a ansiedade e os tormentos íntimos, de buscar entender-lhes a procedência e a presença nos painéis mentais, faculta perceber os conteúdos de que se constituem, para discernir com segurança o que é edificante e o que lhe é prejudicial.

Acostumado a agir por impulsos, quase automáticos, dá vigor à natureza animal de que se reveste, quando deveria promover a espiritual, que germina e avança atraída pelo Deotropismo no rumo da plenitude.

Condicionamentos impostos pelos instintos básicos que governam a existência na sua fase inicial de desenvolvimento intelecto-moral, à medida que adquire conhecimentos para a lógica existencial, experiência os lampejos da consciência digna que libera a Lei de Deus, que está sintetizada no amor.

Na razão direta em que o amor sobrepõe-se à violência e aos fatores da agressividade, mais valiosos contributos são cedidos com o consequente enriquecimento de paz e de alegria de viver.

Ninguém existe destituído de consciência, exceção feita àqueles que expiam graves delitos em renascimentos assinalados pelas limitações e deformidades cerebrais...

Todos os seres que pensam dispõem do auxílio da consciência para fazer o que pode e deve, sempre quando se lhe torne lícita a realização.

A acomodação defluente da preguiça mental em alguns indivíduos impedem-no de avançar nos comportamentos corretos.

Deus, a todos os Seus filhos concedeu consciência do dever, que proporciona as habilidades indispensáveis à conquista da iluminação.

Essa sublime herança vincula todos os membros da Criação ao Genitor Celeste.

Ouve a tua consciência sempre que te encontres em conflito, em dificuldade de definir rumos e comportamentos adequados.

Reflexiona em silêncio e com calma, permitindo que a inspiração superior seja captada e o discernimento te aponte a melhor conduta a seguir.

Evita o costume doentio de transferir para os outros a tarefa de decidir por ti, de viver sob os conselhos dos demais como se fosses um parasita psíquico.

Liberta-te do morbo da queixa e desperta para entender que todos sofrem, têm problemas, mesmo que os não demonstrem, porque a sabedoria que possuem ao aconselhar é resultado dos caminhos percorridos, das aflições superadas e dos testemunhos ultrapassados.

Por outro lado, evita o costume de aconselhamentos e de orientações, de narrar as tuas vivências, como se fossem as mais importantes do mundo.

O que hajas vivenciado é importante para ti e nem sempre será regra geral de bom proceder para todos.

Cada ser humano é uma unidade muito complexa e especial, que faz parte da unidade universal, com as características próprias e as conquistas positivas e negativas adquiridas.

Quando delegas a outrem aconselhar-te, não estás disposto realmente a seguires a diretriz que te seja oferecida. Normalmente, buscas conselhos e bengalas psicológicas até encontrares o que realmente gostaria que te dissessem aquilo que te é agradável e compensador. Esse comportamento inconsciente é uma forma autodefensiva, porque aquilo que te venha a acontecer não será somente de tua responsabilidade.

O crescimento intelectual, assim como o de natureza moral, é trabalhado continuamente, sem interrupção nem saltos gigantes.

A cada momento uma conquista nova, um descobrimento que se incorpora aos conteúdos arquivados na mente.

Permitindo-te ouvir a consciência, serás inspirado à oração que te fortalecerá o ânimo e te auxiliará a fruir paz.

Quanto mais auscultes a consciência e exercites a reflexão do pensamento, mais se expandirão as possibilidades e os registros legais se te farão claros e lúcidos, e te auxiliarão na conquista da felicidade e da harmonia interior, estimuladoras para os avanços a níveis superiores da evolução.

Não te detenhas, pois, em queixumes e rogativas de orientação, como se estivesses desequipado dos instrumentos para alcançar a vitória sobre as circunstâncias e provações necessárias.

Confia em Deus, na proteção dos teus Amigos espirituais e também nos teus valores, esses que vens amealhando durante a reencarnação.

Jesus, que é o Guia da Humanidade, sempre buscava a solidão para reabastecer a consciência com a Lei de Deus, e permanecer como o amor na expressão máxima que se conhece, mesmo quando não amado.

Não tenhas sofreguidão para tudo resolver sem pensar, sem aprofundar a concentração.

Diante de todo e qualquer aconselhamento que peças e recebas, não deixes de consultar a tua consciência.

OS PENSAMENTOS CURAM

O uso de medicamentos tornou-se praticamente rotina na vida das pessoas. Muitos preferem tomar um remédio a refletirem sobre o que interiormente não está bem. Isso favorece a proliferação de substâncias que se propõem a sanar os males físicos, chegando inclusive ao uso abusivo dessas substâncias, sem dar-nos conta dos efeitos colaterais desses medicamentos.
Apesar de os agentes físicos causadores das doenças estarem presentes, elas ocorrem num ambiente emocionalmente propício àquela manifestação. Melhor dizendo, num momento de turbulências existenciais, que provocam certos conflitos. Os sentimentos se desestabilizam, desorganizando os sistemas do corpo; isso causa a vulnerabilidade para a manifestação da doença.
Tudo o que se passa é de acordo com o que foi cultivado interiormente.
Dr. Bruce Lipton reclama uma nova medicina, uma que tenha em conta a capacidade de curar da energia, muito mais eficaz que os medicamentos. Ele assegura que a medicina tradicional vai por um mau caminho. E através de suas pesquisas refez alguns conceitos, entre eles a ideia da reencarnação.
O senhor assegura que a medicina convencional esta indo para um mau caminho. O quão perigoso são os medicamentos que nos receitam?
Dão-nos medicamentos para enfermidades, mas isso causa muitos problemas em nosso corpo. Porque esta medicina baseada na farmacologia não entende como está interelacionada toda a bioquímica do organismo. Quando tomo um comprimido, e o introduzo em meu corpo, não afeta apenas o lugar onde eu tenho o problema, mas a muitas outras coisas de uma vez. São os chamados efeitos secundários. Na realidade não são secundários, mas diretos. Não entendem que o efeito das drogas é múltiplo segundo estatísticas. Segundo estatísticas nos EUA, os fármacos matam ali mais de 300.000 pessoas a cada ano. Há algo que não funciona na ciência médica. Faz algumas coisas bem, como a traumatologia, mas está matando muito mais gente que ajuda.
O que se descobriu sobre as células que a medicina não leva em conta?
Eu já trabalhava com elas nos anos 60. Fui um pioneiro porque nessa época havia muito pouca gente trabalhando com isso. Um experimento que fiz nessa época mudou a ideia que tinha do mundo. Então, a pergunta é muito delicada, o que controla o destino das células? Todas eram idênticas, a única coisa que era diferente era o entorno. Quando coleto células sadias e as coloco em um entorno nocivo, as células adoecem e morrem.
Se um médico as visse, diria: “Que medicamento tem que dar-lhes?”.
Mas, não faz falta nenhum medicamento. Troca o entorna nocivo e as coloque em um ambiente são e saudável, e as células curam-se. Os humanos são uma comunidade de 50 trilhões de células, portanto, a célula é o ser vivente e a pessoa é a comunidade.
Qual área da célula que é necessário cuidar?
Dentro de mim há 50 trilhões de células, e o espaço ao redor da célula para nós é o sangue, neste entorno, a composição do sangue muda o destino da célula.
O que controla o sangue?
O sistema nervoso, que cria uma química diferente segundo o sistema exterior. A célula e o ser humano são a mesma coisa. Portanto, a medicina culpa às células pela enfermidade e trata de mudar a química das células, mas esse não é o problema, o problema é o entorno. E se muda a pessoa de entorno, sem medicamentos, o cérebro muda a química. O cérebro da célula e da pessoa lê e entende o entorno.
Em um ambiente saudável, nos curamos automaticamente? Fácil assim?
Não é tão fácil, porque a mente interpreta. Pode suceder que estejamos em um ambiente muito saudável e que a mente o veja como negativo ou prejudicial. Então cria uma química que fará que o corpo adoeça. A diferença entre a célula e o ser humano é que esse tem uma mente que faz uma interpretação e a célula lê o entorno diretamente. Coloca-se um programa com erros na mente, então a química que gera não está em harmonia com a vida. E isto nos serve para entender como funciona um placebo. Mudo minha crença e penso que isto me vai curar, tomo uma pílula porque acredito que isto me vai trazer saúde, e me cura. Mas a pílula poderia ser de açúcar, na realidade não fez nada, foram minhas crenças que fizeram. E, a isso chamamos de pensamento positivo e efeito placebo.
Está dizendo que o efeito placebo – crer que algo nos curará – é mais curativo que um medicamento? Mas quase não há investigações sobre isso.
Sim, tens razão. És consciente de que há mais de uma maneira de fazer energia sem ter que depender do petróleo? Mas seguimos dependendo do petróleo porque a mudança não interessa àqueles que controlam a energia. O mesmo acontece com as empresas farmacêuticas. Vendem fármacos e poder curar sem fármacos é bom ou mal para a indústria farmacêutica? Não querem que você se cure sem comprar seus fármacos. Se pode colocar energia em uma cápsula? Se fosse assim, as indústrias tentariam vendê-la. Pode-se curar sem usar medicamentos, mas a indústria que os produz não ganharia dinheiro. O dinheiro controla a ciência.
Explique-nos esse poder que diz ter a mente para a autocura.
Falei que a mente controla: se pensa de uma maneira, se vai a uma direção e se pensa de outra. Por exemplo, fecho os olhos, os abro e vejo alguém que amo. Então meu cérebro segrega dopamina, ocitocina e etc. Posso sentir em meu corpo o amor, e essa química traz saúde para as células. Por isso quem se enamora se sente tão bem. Mas se abro os olhos e vejo algo que me assusta, segrego hormônios do estresse. Esses hormônios fazem duas coisas. A primeira é que freia o crescimento do corpo. Porque se um leão me persegue preciso de toda a energia para poder escapar, e meu organismo apaga tudo o que não é imprescindível para correr mais rápido, assim se paralisa tudo o que tem a ver com crescimento. Não sabemos, mas temos que crescer todos os dias, porque senão morremos. Cada dia centenas de bilhões de células morrem e temos que ir produzindo novas. A cada três dias o sistema digestivo renova suas células, mas se se interfere nesse crescimento, então não posso estar saudável, porque estou perdendo demasiadas células por dia, por isso a quimioterapia faz que se caia o pelo e cria problemas de digestão, porque mata todas as células, não apenas as do câncer. A segunda consequência dos hormônios do estresse é que se trava tudo aquilo que usa energia. E o sistema imunológico usa muita energia. Quando estás enfermo, te sentes muito cansado porque tua energia a está usando no sistema imunológico.
Expliquemos o que é a medicina quântica ou medicina da energia.
Os hormônios do estresse apagam o sistema imunológico, até mesmo a medicina usa esse efeito em algumas ocasiões. Por exemplo, se me transplantaram um coração, meu sistema imunitário o rejeitaria. Nesses casos, os médicos dão hormônios do estresse e isso impede que funcione o sistema imunitário. É tão claro o que suprime o sistema imunitário que o usamos como medicamento. Quando a pessoa está sob estresse, afeta de duas maneiras: a primeira é que deixa de haver crescimento e a segunda é que se apaga o sistema imunológico. Dessa forma, vírus nocivos podem atacar-me facilmente. Quando você esta sob muito estresse, adoece. E devo dizer que, se tomamos uma amostra de sangue de cada pessoa, descobrimos que todos têm células cancerígenas. Sempre temos, mas se o sistema imunológico está funcionando, não podem crescer. Uma vez que se apagam o sistema imunológico, proliferam. É como a gripe não tem que pegar o vírus, já o tem dentro. São organismos oportunistas. Como dizia, a primeira razão pela qual a medicina de hoje é questionável, é porque os médicos não sabem como funcionam as células. A segunda é que a medicina está baseada na física de Newton. Não reconhece a energia, esta parte invisível, os sinais eletromagnéticos. Mas, no princípio do século XX, apareceu a física quântica, que disse que tudo é energia, o que podemos ver e também o invisível. Se olha dentro do átomo, há elétrons, prótons, nêutrons. E o que há dentro? Energia. A ciência mais recente indica que o corpo responde à física quântica, não a newtoniana. A medicina disse que queria mudar a química do organismo com drogas e a nova medicina disse que há que mudar a energia. E essa nova medicina, a quântica, é muito mais poderosa. Porque responde primeiro ao campo energético que ao físico.
E isso se liga com a física quântica. Se tudo é energia, os pensamentos também? Como influem em nossa saúde?
A mente é energia. Quando pensas, transmites energia, e os pensamentos são mais poderosos que a química. Assim, que isso é pior para as empresas farmacêuticas, porque não podem vender. Por tanto, não lhes interessa uma conexão entre a mente e o corpo. Mas é certo que as próprias crenças se convertem em um campo energético, uma transmissão, e esta se transforma num sinal capaz de mudar o organismo. E assim é como funcionava a cura antes do desenvolvimento da medicina. As pessoas se curavam com os xamãs, com as mãos… Mas isso não se pode vender, e por isso a medicina não quer ir por esse caminho. E é a razão pela qual mudei minha carreira. Estava ensinando na universidade que segue com drogas e sabia que isso não era verdade. A medicina o sabe, mas não fala disso. Sabe que o pensamento positivo, o placebo, pode curar e também que o pensamento negativo pode matar. Na realidade, não é seja positivo ou negativo, é a maneira de pensar. Se o médico te diz que você tem câncer, ainda que não tenha, se acredita, criará uma química que gerará câncer. Portanto, o problema não é tanto o entorno real, mas como você o interpreta. Por isso não funciona a medicina, porque não reconhece a física quântica. Não olha até aí, porque o dinheiro está em outro lado.
Você explicou que na mente, quem realmente tem o poder é o subconsciente, por isso é tão difícil mudar hábitos de pensamento?
É milhões de vezes mais poderoso e mais importante que a mente consciente. Utilizamos o subconsciente 95% do tempo. Mas não podemos controlá-lo.
Podemos reprogramá-lo. A informação do subconsciente se recebe nos primeiros seis anos de vida. Isso que você aprendeu nos primeiros seis anos de vida se converte no conhecimento fundamental de tua vida. Portanto, há muitos estudos que demonstram que as enfermidades que temos na vida adulta, como o câncer, tem a ver com a programação e o entorno que vivemos nos primeiros seis anos de vida.
Quer dizer, as crianças absorvem também suas enfermidades ou suas atitudes negativas, e assim se programa seu subconsciente. Que grande responsabilidade para os pais!
As pessoas quando ouvem isso, se preocupam se culpam. Mas não é culpado se você não sabe que o subconsciente funciona assim. Nossos pais não sabiam disso, nem nossos avós e bisavós. Agora, quando compreende, tem que mudar sua maneira de viver, porque agora sim é responsável. Foi demonstrado que se uma criança adotada vive com uma família onde há casos de câncer, em sua maturidade, pode padecer de câncer, ainda que sua genética seja diferente. Se te ensinaram maltratar o corpo com má informação, destruirás o veículo do teu corpo, cujo condutor é a mente. E no futuro é uma melhor educação para as crianças, incluso na etapa pré-natal.
Podemos reprogramar o subconsciente para estarmos mais sãos ou sermos mais felizes com nossas vidas?
Os comportamentos que vem do subconsciente não são percebidos e podem estar te fazendo mal. Ainda que você se sinta doente e ponha a culpa em outra coisa. Ao mudar estes programas errôneos no subconsciente, pode recriar toda tua vida. Há várias maneiras de fazê-lo. Pensa-se que, quando a mente consciente registra algo, o subconsciente também registra essa informação. Mas não é assim. A mente consciente é criativa e a mente subconsciente trata de todos os hábitos. Ensina-se ao subconsciente algo diferente, se o ensina também ao consciente, mas não ao contrário. Por isso a maneira de reprogramar é repetir e repetir até que se cria um hábito. Se leio um livro de autoajuda, minha mente consciente diz: “sei tudo o que há nesse livro e o aplico”, mas o subconsciente não se inteira de nada. Então pensas “Por que sei tanto e, todavia meu corpo não funciona?”. Os pensamentos positivos, o conhecimento… só funcionam em 5% do tempo, mas os 95% são hábitos que temos desde minha infância. E essa é a razão pela quais pensamentos positivos não são suficientes. Ajudam, mas não vês muitos resultados. Tudo segue igual até que transformes o subconsciente.
Com sua investigação, se uniu a ciência e a crença, um binômio que evita a maioria dos cientistas. Você crê na eternidade?
Absolutamente, sim. Não há duas pessoas iguais, e eu o digo desde o ponto de vista biológico. Se coleto minhas células e as introduzo em teu corpo, não é você, e o sistema imunológico as rejeita. Nas células há como uma espécie de antenas em miniatura. São receptores e algumas são auto receptores. Você tem auto receptores diferentes dos meus. Mas os receptores recebem os sinais do entorno. Se corto esses receptores, a célula não tem nenhuma identidade, porque não vem de dentro, mas de fora. Para explicar-lhe de forma gráfica, diria que o corpo é como um televisor: minhas antenas captam e reproduzem o programa televisivo de Bruce. Esses receptores reúnem essa transmissão. Se estou vendo a tv e se estraga o tubo de imagem, o televisor morre, mas segue a transmissão. Se esse ser tem os mesmos receptores que você tem, voltará a estar transmitindo o mesmo, mas em outro corpo. Isso explica a reencarnação, e quer dizer que o corpo pode ir e vir, mas a transmissão sempre está ali.
Isso te fez crer que temos espírito?
Nunca havia acreditado em espírito, mas quando comprovei isto na célula, transformou minha vida inteira. A pergunta é: porque esta duplicidade? Por que possuir um espírito e um corpo? E a resposta veio de minhas células: se só existe o espírito, só com a parte espiritual, como viver um por do sol, que se sente quando está enamorado, o sabor de uma barra de chocolate? Todas essas sensações vem das células do corpo, que pode cheirar, sentir, ter experiências. Une tudo isso e transmite ao cérebro. Converte-se em vibrações e as transmite a fonte do ser. Se morre meu corpo, minha fonte de ser e meu espírito tem a memória até que tenha outro corpo. A lição mais importante é que estar vivo é um presente, uma alegria por tudo o que podemos sentir. Quando fizermos isso todo o mundo estará curado.


terça-feira, 19 de agosto de 2014

ESPIRITUALIDADE NOSSO CAMINHO: Você possui muitos bens imperecíveis?

ESPIRITUALIDADE NOSSO CAMINHO: Você possui muitos bens imperecíveis?: Talvez tenha lhe vindo à mente sua declaração de bens e direitos entregue ao fisco no último exercício fiscal. Mas nós não estamos fal...

Você possui muitos bens imperecíveis?


Talvez tenha lhe vindo à mente sua declaração de bens e direitos entregue ao fisco no último exercício fiscal.
Mas nós não estamos falando desses bens, e sim dos bens da alma, realmente imperecíveis.
 
 
Sim, quando voltarmos para o mundo espiritual, seremos identificados pelas nossas conquistas essencialmente espirituais.
Sob esse ponto de vista as coisas ficam mais fáceis, pois todos temos possibilidades de angariar bens, já que eles independem de posição social ou financeira.
No campo dos sentimentos, por exemplo, é possível que tenhamos uma lista grande dessas aquisições, desde  que saibamos aproveitá-las.
Valorizar um beijo carinhoso de criança...
O abraço afetuoso de um amigo...
A alegria do filho ao livra-se das rodinhas auxiliares da sua bicicleta...
A conversa com os pais e avós ao redor do velho fogão à lenha...
O cheiro de mato molhado de chuva...
O sol se despedindo no horizonte...
A primeira flor, ofertada pelo nosso grande amor...
A expressão de dor no olhar da filha que rompeu com o namorado...
A explosão de alegria do filho que conquistou uma medalha nos jogos infantis.
A desolação da filha quando lhe dissemos que não a levaríamos conosco na viagem de férias...
Saber converter as relações estabelecidas por conveniência em amizade sincera..
Com respeito à moral também há um imenso campo para joeirar e ajuntar bens imperecíveis.
A humildade de pedir perdão por uma atitude equivocada...
O respeito às idéias e opiniões dos outros...
O cultivo da honestidade, ainda que a pouco e pouco.
O sacrifício dos interesses próprios por amor à justiça.
A caridade, que sabe perdoar e esquecer uma ofensa.
A dignidade que não se deixa contaminar pelos interesses escusos.
A sabedoria de não emitir opinião sobre um assunto que desconheça...
E no campo intelectual há muito terreno para cultivar nossos bens imperecíveis.
A leitura sistemática de tudo o que pode nos clarear a mente.
Os questionamentos sinceros quanto à nossa natureza, origem e destino como seres humanos.
A busca dos porquês da dor, das desigualdades intelectuais, morais e sociais.
A derrubada do muro apodrecido do preconceito racial, religioso, cultural e social.
Enfim, agora podemos avaliar o quanto de bens imperecíveis que já detemos e os que ainda estamos por conquistar.
Mas, a verdade é que não sabemos de quanto tempo ainda dispomos na presente existência e, por essa razão, não podemos perder tempo.
É preciso que valorizemos as horas e ajuntemos esses tesouros, aos quais Jesus se referia dizendo que o ladrão não rouba, a traça nem a ferrugem consomem.
Pensemos nisso!

O ANJO DA SAUDE

Um homem enfermo invocou a Proteção do Cristo. De joelhos e braços abertos, o peregrino soluçava, contemplando o firmamento e dizia:
- Senhor, ampara-me o coração desalentado que sofre no círculo das provas! Está se esgotando os recursos para a resistência . . . Não durmo, sinto muita dor. Compadece-te, Senhor meu! Desce um raio de tua divina luz que me restaure a força física e me reerga o coração humilhado! Estou desiludido de todos os processos de cura, mobilizados na Terra. Por isso, volto-me para o céu, esperando-te a inesgotável misericórdia! Ajuda-me, Pastor do Bem! Vê os meus sofrimentos e auxilia-me ! . . .
Jesus ouviu a oração e enviou-lhe o Anjo da Saúde, que desceu, bondoso e prestativo, e surgiu aos olhos deslumbrados do infeliz enfermo.
Em êxtase, o doente fitou o mensageiro e suplicou:
- Emissário do Médico Divino, lava-me as feridas dolorosas, levanta-me o espírito abatido! Socorre-me, por piedade, caridoso emissário do Céu!
O Anjo afagou-lhe a cabeça, e exclamou:
- Meu amigo, põe a consciência nos lábios em oração e responde-me! Tens vivido de acordo com a Vontade de Deus, fugindo aos caprichos do coração? Viveste, até agora, amando o Senhor Supremo, acima de todas as coisas, e querendo ao próximo como a ti mesmo? Dedicaste teu corpo e tuas faculdades à execução das divinas leis? Estarás disposto a esquecer, de imediato, o passado criminoso? Desculparás, fraternalmente, sem qualquer sombra de hesitação , todos aqueles que te desejam o mal? Auxiliarás o inimigo? Perdoarás sempre, esquecendo ingratidões, injúrias e pedradas? Não emitirás pensamentos desarmônicos ante a felicidade do próximo? Partilharás a alegria do vizinho e a prosperidade do amigo, como se te pertencessem também? Etc., etc., . . .
O homem enfermo, respondeu em tom angustiado:
- Ainda não consigo seguir esse caminho!
O Anjo envolveu o infeliz num olhar de compaixão infinita e acrescentou:
- Oh! Meu amigo, ainda é cedo para receberes o socorro dos mensageiros da saúde! Se ainda não sabes viver, de acordo com a Vontade de Altíssimo, ainda lutarás com a enfermidade, por muito tempo. Por enquanto, não peças vantagens que não saberias receber! Roga ao Senhor te conceda a energia necessária para que te afeiçoes à lei do equilíbrio e às exigências da reflexão!
Em seguida o Anjo endereçou-lhe carinhoso gesto de adeus. O infeliz, entretanto, buscando retê-lo, exclamou em soluços:
- Oh! Enviado do Céu, confiarei em Jesus!
O Anjo contemplou-o, bondoso, e respondeu:
- Sim, eu sei. Isto, porém, não basta. É necessário que Jesus também possa confiar em ti . . .
E o emissário afastou-se, para dar conta de sua missão, nas esferas mais altas.
 
 
Irmão X – psicografia de Chico Xavier – do livro Lázaro Redivivo
 
 
OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: Pedimos tanto para Jesus, e damos tão pouco daquilo que Ele nos pede. Queremos tanto que Ele escute nossos pedidos, mas nos fazemos de surdos aos pedidos Dele para nós. Queremos que Ele faça a nossa vontade, mas nós pouco fazemos a vontade Dele.
Então, pensemos: "SE O ANJO DA SAÚDE VIER NOS VISITAR E FIZER TAIS PERGUNTAS, QUAL SERÁ NOSSA RESPOSTA?"

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

COMPREENDEI E PERDOAI

Filhos, a compreensão é a virtude que vos predispõe naturalmente ao perdão.
        Compreendei para perdoar.
        Não conserveis ressentimentos no coração, sabendo que aquele que vos decepciona é um companheiro vencido pelos seus próprios conflitos.
        Não exijais dos outros infalibilidade.
        Os amigos que seguem ao vosso lado, qual vos acontece, são espíritos assinalados por muitas limitações, aparentando exteriormente o que ainda não são.
        Compadecei-vos das mazelas alheias, não sobrecarregando os ombros daqueles que avançam, mal se agüentando ao peso da cruz.
        Não condicioneis a vossa conduta no bem à conduta de quem quer que seja; que a vossa fé não dependa da demonstração de fé dos que vos inspiram na jornada...
        Somente em Jesus Cristo devereis vos encorajar na luta.
        Os irmãos de crença espírita, principalmente os que se encontram servindo na mediunidade e os que ocupam posições de liderança, são, afinal, espíritos comprometidos com o passado: nenhum deles se encontra imune ao assédio das trevas.
        Não raro, o personalismo e a vaidade apenas ocultam nas almas uma estamenha de chagas...
        Os que intentam brilhar para o mundo estão longe de possuir luz própria.
        A rigor, muitos de nós outros não estamos ainda sequer preparados para uma maior proximidade com o Cristo - a possibilidade de semelhante convivência mais estreita nos levaria ao delírio.
        Quem, há séculos, se habituou nas sombras, só gradativamente se acostuma à claridade.
        O homem sem maior entendimento do Evangelho transfere a sua ambição concernente às coisas materiais para as coisas divinas.
        Os apóstolos não chegaram a disputar entre si a primazia de estarem, no Reino Celeste, ao lado do Senhor?
        Assim, tomai vós mesmos a iniciativa da exemplificação e da coragem de vivenciar, de forma irrepreensível, a crença que abraçastes.
 
BEZERRA DE MENEZES

ENSINAMENTO


“Para que se efetue a jornada iluminativa do espírito é indispensável deslocar a mente, revolver as idéias, renovar as concepções e modificar, invariavelmente, para o bem maior o modo íntimo de ser, tal qual procedemos com o solo na revivificação da lavoura produtiva ou com qualquer instituto humano em reestruturação para o progresso geral. Negando-se, porém, a alma a receber o auxílio divino, através dos processos de transformação incessante que lhe são oferecidos, em seu benefício próprio, pelas diferentes situações de que os dias se compõem no aprendizado carnal, recolhe-se à margem da estrada, criando paisagens perturbadoras com desejos injustificáveis.
Quase podemos afirmar que noventa em cem dos casos de loucura, excetuados aqueles que se originam da incursão microbiana sobre a matéria cinzenta, começam nas conseqüências das faltas graves que praticamos,com a impaciência ou com a tristeza, isto é, por intermédio de atitudes mentais que imprimem deploráveis reflexos ao caminho daqueles que as acolhem e alimentam. Instaladas essas forças desequilibrantes no campo íntimo, inicia-se a desintegração da harmonia mental; esta por vezes perdura, não só numa existência, mas em várias delas, até que o interessado se disponha, com fidelidade, a valer-se das bênçãos divinas que o aljofram, para restabelecer a tranqüilidade e a capacidade de renovação que lhe são inerentes à individualidade, em abençoado serviço evolutivo. Pela rebeldia, a alma responsável pode encaminhar-se para muitos crimes, a cujos resultados nefastos se cativa indefinidamente; e, pelo desânimo, é propensa a cair nos despenhadeiros da inércia, com fatal atraso nas edificações que lhe cabe providenciar.”
..........
- O tempo – elucidou o orientador,indicando-os – acaba sempre por denunciar a nossa posição verdadeira. Quando a criatura não haja feito da existência o sacerdócio de trabalho construtivo, que nos cumpre na Terra, os fenômenos senis do corpo são mais tristes para a alma, pois, neste, caso, o indivíduo já não domina as conveniências forjadas pelo imediatismo humano, patenteando-se-lhe a fixação da mente aos impulsos inferiores. Milhões de irmãos nossos permanecem, séculos afora, na fase infantil do entendimento, por não se animarem ao esforço de melhoria própria. Enquanto recebem a transitória cooperação de saúde física relativa, das convenções terrenas, das possibilidades financeiras e das variadas impressões passageiras que a existência na Crosta Planetária oferece aos que passam pela carne, esteiam-se nos títulos de cidadãos que a sociedade lhes confere; logo, porém, que visitados pelo morbo, pela escassez de recursos ou pela decrepitude, revelam a infância espiritual em que jazem: voltam a ser crianças, não obstante a idade provecta manifestada pelo veículo de ossos, por se haverem excessivamente demorado nos sítios superficiais da vida.
Do livro “No Mundo Maior” – Francisco Candido Xavier / André Luiz – páginas 213 e 216

domingo, 10 de agosto de 2014

COMO DEUS QUER

Às vezes, quando nuvens borrascosas enegrecem o céu, anunciando chuva, olhamos para cima e dizemos:

Ah, deveria chover somente da meia-noite às seis da manhã. Aí, a chuva faria seu papel e não atrapalharia a vida de ninguém.


Em outros dias, quando a estiagem se faz longa, ficamos aguardando que as nuvens prenunciadoras da chuva benfazeja cheguem logo.

Paradoxalmente, se o final de semana se aproxima e o anúncio é de aguaceiro, reclamamos:

Tinha que ser no final de semana!? Precisava chover para estragar o meu lazer?

Outros, ao contrário, dizem: Por que chove durante a semana, quando se precisa sair para estudar, trabalhar? Deveria chover só nos feriados.

Todas essas expressões, que são muito comuns em nosso cotidiano, demonstram o quanto ainda somos egoístas.

Pensamos somente em nós. Quando pedimos chuva pela madrugada, não recordamos de quantos guardas-noturnos passam aquelas horas montando guarda, andando de um a outro lado.

Nós estaremos abrigados em casa. Eles, não.

Quando não apreciamos a chuva nos finais de semana, não cogitamos que o agricultor a aguarda, ansioso, a qualquer hora.

Dela depende a vida da sua lavoura, do seu empreendimento. Sem chuva, a plantação morrerá, não haverá colheita, não haverá grãos, nem folhas.

Aqueles que apreciariam a chuva nos dias em que não precisam sair para seus afazeres, esquecem que muitas mães e pais aguardam, igualmente ansiosos, o final de semana para poder sair com os filhos.

Para ir ao parque, passear, jogar bola. Que muitos cogitam ir à praia, para espairecer, após a semana de labor estressante.

Por tudo isso é que Deus, a Sabedoria e Suprema Inteligência, estabelece leis primorosas e justas, sem ficar a ouvir as imprecações de uns e os pedidos de outros.

Ele estabelece que a chuva virá, quando as condições assim o permitirem. E ela vem, amiga, lançando-se ao solo, enchendo rios, alimentando lençóis subterrâneos.

Derrama-se pelas lavouras, banha as árvores frondosas e a erva miúda. Higieniza a atmosfera. Alegra a natureza.

Constatamos, desta forma, que o melhor para o mundo é mesmo a vontade de Deus.

Ele distribui as bênçãos da chuva, do sol, dos ventos ligeiros, da brisa, das grandes tempestades, com toda a ciência.

Somente Ele, o Pai de todos nós, sabe exatamente o que necessita cada um de Seus filhos.

E, como Excelso Administrador, não atenta para os caprichos de um e de outro, mas delibera pelo que seja mais produtivo, em termos de progresso, para a Terra e Seus filhos.

Por isso, quando o sol se fizer inclemente, ou a chuva se fizer contínua por largo período, pensemos: Deus sabe o que faz.

Na Terra de provas e expiações em que nos situamos, ainda por muito tempo estaremos a braços com essas vicissitudes que são as intempéries, a que chamamos de capricho do clima, ou resultado de nossa própria imprevidência.

Também cogitemos de que habitamos um planeta com mais de seis bilhões de pessoas e que, de forma alguma, podemos pensar somente em nossas necessidades e nossos desejos.

Habituemo-nos, pois, em questões cujo comando nos foge, a crer que a vontade de Deus é a melhor.

Por Sua sabedoria, por Seu amor, por Sua ciência de todas as coisas, Ele sabe o tempo de tudo prover para os filhos a quem concedeu o imenso campo planetário para viver, crescer e semear.

Pensemos nisso

A Ditadura Juvenil

A cultura hodierna exalta em demasia a juventude, oferecendo-lhe as mais belas contribuições para o prazer...

... e o aplicar nas experiências imaturas dos compromissos para os quais ainda não se encontra psicologicamente preparada.

Muito cedo se faz a iniciação sexual, sem qualquer consciência de responsabilidade, como se fosse um jogo de sensações sem as inevitáveis consequências da concepção que abre as portas ao aborto delituoso, e, em razão da variação de parceiros aos contágios de enfermidades perversas e devastadoras. O estímulo à frivolidade por meio dos atrativos bem trabalhados para os jogos das paixões e, quando se anuncia o cansaço prematuro, surgem as soluções mentirosas das drogas alucinógenas que permitem a ilusão da alegria e da renovação das energias que logo se consomem. A imaturidade dos jovens atirados à tirania do momento ligeiro que passa responde pela violência, pela exploração dos mais fracos, pela presunção ou pela perda da autoestima, por infelizes transtornos alimentares levando à anorexia e à bulimia, a fim de se subemeter aos extravagantes ditames da moda em torno da beleza física, com a perda das possibilidades de um futuro feliz. Cria-se nova linguagem, surgem comportamentos esdrúxulos estimulados pelos veículos de comunicação de massa e a vulgaridade toma conta dos arraiais da sociedade no culto exarcebado do erotismo, como se o ser humano fosse apenas o animal sexual atormentado pela libido. A cada momento surgem os deuses da alucinação na música estranha e agressiva, sem qualquer conteúdo de harmonia, na qual a extravagância e a alucinação dão vida aos seus mitos, assim como nos esportes, nas artes, com predomínio do agressivo e do desrespeito aos valores de dignificação da Humanidade em bem-urdida campanha para o retorno ao primarismo, como ser fosse possível abandonar-se todas as conquistas éticas logradas ao largo dos milênios de cultura, de civilização e de beleza... Dá-se a impressão que o investimento da loucura tem primazia desde que se possa fruir até a exaustão, sem nenhum amanhã à vista... Sucede, porém, que o tempo, na sua voragem inexorável, vai reduzindo em cinzas as construções de cada dia e atirando ao passado triste tudo quanto em um momento foi denominado de glória e disputa guerreira. Onde se encontram os grandes consquistadores de um dia, sejam aqueles belicosos que consquistaram os países e os perderam, sejam aqueloutros que fascinaram a geração em que nasceram ou todos que vieram de maneira exaltada e agora se encontram nas furnas do olvido. Astros luminosos das telas do cinema, da televisão, gênios do teatro e exemplares de incomum beleza não conseguiram manter-se na crista da onda e hoje são tristes sombras dos dias de mentirosa glória, sofrendo o abandono e a solidão, quando não devotados pelas enfermidades degenerativas ou pelo efeito dos farmacodependentes a que se entregaram, pelo abuso do álcool, do tabaco, dos excessos sexuais... Quem os veja, envelhecidos, debilitados e frágeis, com a máscara da tristeza afivelada à face, não tem ideia dos seus antigos momentos de brilho e de ostentação... Essa inevitável ocorrência sucede a todos quantos não desencarnaram no auge da fascinação que exerceram sobre as massas, tornando-se verdadeiros mitos na imaginação doentia dos seus fanáticos... A juventude é a quadra própria para a preparação da existência, breve ou longa, em que o sentido da vida caracterizar-se-á pela construção do futuro feliz, sem a perda da alegria inefável de viver com júbilo e harmonia. Mantém-se jovem em qualquer idade todo aquele que cultiva os ideias de beleza e de serviço à sociedade, não somente os que possuem a maquinaria orgânica ainda nova, mas essencialmente quem é capaz de amar e de sorrir mesmo quando as ocorrências não se apresentam aureoladas de bênçãos, antes de reflexões e de dores que fazem parte da agenda evolutiva de todas as vidas. Os anos juvenis são relativamente poucos, quando se trata de uma larga existência, mas tudo aquilo que foi armazenado nesse período irá permanecer para sempre como direcionador das aspirações e mantenedor dos sentimentos profundos do ser. Jovem, desse modo, pode ser considerado todo aquele que seja capaz de olhar para trás não se envergonhando dos atos que ficaram na retaguarda constituindo-lhes algozes impenitentes geradores de culpa e de desar. Corpos jovens existem que conduzem Espíritos profundamente comprometidos com as atitudes infelizes que resultam da imaturidade psicológica, e que se pudessem retornar àqueles dias de descuido emocional tudo fariam por terem agido de maneira diferente. Sendo, porém, impossível retornar para corrigir o que foi praticado equivocamente, dispõe-se do futuro que se encontra no presente ensejando um novo recomeço,uma nova atitude dignificadora cujos resultados se apresentarão no momento adequado. Educado o jovem e informado da transitoriedade de todas as coisas terrenas e da admiráveis aquisições morais, facilmente adapta-se aos ditames da ordem e do progresso, tornando-se cidadão responsável que promove o progresso da sociedade e avança em direção à plenitude. Desse modo, não são responsáveis os jovens pelas terríveis ondas de alucinação que varrem a Terra em todos os lados, mas aqueles que se lhes constituem modelos, na condição de educadores, de guiias, mais interessados em fruir os resultados nefastos dos seus atos consumistas e mentirosos, do que promoverem as gerações novas que chegam necessitadas de diretrizes de equilíbrio e de orientação. A cultura do corpo muito difundida estabelece os padrões de beleza esquecendo-se de informar que o indivíduo, em realidade, não é a forma, antes, pelo contrário, é a essência de que se constitui e que exterioriza, queira-o ou não através das vibrações que lhes são próprias. Por essa razão, é demasiadamente comum encontrar-se os ídolos das massas cercados de tudo menos de bem-estar, esfaimados nos banquetes físicos pelo pão do amor real, da fraternidade legóitima, da amizade, da paz interior. Sucede que todas as conquistas externas não lograram proporcionar, conforme se esperava o desenvolvimento psíquico. Há como efeito um terrível vazio existencial, mesmo nos jovens, quase em geral, que se atiram em busca de prazeres cada vez mais exorbitantes, pela perda da sensibilidade para as emoções simples e encantadoras da vida. Viciados, desde cedo, facilmente entregam-se ao tédio ou às emoções fortes predatórias para se sentirem realizados. Observe-se a conduta dos fanáticos desportistas, em suas reações contra a sociedade em geral e as pessoas em particular, quando os seus clubes não são vitoriosos, depredando, agredindo, matando em sanha selvagem inimaginável. Juventude, no entanto, é quadra primaveril predatória para a grandeza do verão da vida, e logo, o outono e o inverno existencial. Para que seja revertida essa ordem de valores negativos torna-se necessário restaurarem-se os princípios psicopedagógicos da atualidade, facultando liberdades de escolhas com responsabilidades de conduta; colocando-se limites na educação doméstica, a fim de que a criança compreenda que não é um títere, mas um aprendiz da vida e que a existência não lhe transcorrerá conforme gostaria, mas consoante os padrões gerais estabelecidos por Deus. Os transtornos e graves comportamentos de agora constituem um período de transição agressiva que cederá lugar ao de sofrimento expungitivo e de paz renovadora que virá. Conduzir, portanto, as mentes novas aos compromissos dignificantes é dever de todos so indivíduos adultos que marcham adiante, devendo deixar-lhes a trilha evolutiva assinalada pelas bênçãos que lhes facilitem a ascenção, evitando-lhes as dores que estão programando para o futuro. 

Fonte: Livro - Liberta-te do mal - Divando Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis