terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Anjo guardião

Pelos caminhos da vida, um amigo invisível nos acompanha: nosso anjo guardião.
Designado por Deus para acompanhar nossos passos na longa jornada pela Terra, esse Espírito nos aconselha, auxilia e pacifica nos momentos de crise.
Também em nossas vitórias, quando sorrimos felizes, ao nosso lado está o divino emissário, em silenciosa prece de gratidão a Deus.
Devemos pensar nele como um irmão mais velho, um companheiro que nos dedica a amizade mais pura e desinteressada.
Estar em contato com esse bom companheiro é essencial. E podemos fazê-lo pela prece, em momentos de meditação.
Para escutá-lo, é preciso silenciar a mente, acalmar o tumulto interior. Afinal, quem consegue ouvir algo quando tudo em volta é ruído?
Assim, com a mente calma, ouviremos a voz do anjo amigo. Não será uma voz física, mas a voz interna, que ressoa apenas na alma.
Os conselhos desse amigo celeste se farão ouvir pela intuição. É que Deus não quer que o anjo guardião faça o nosso trabalho maior, que é nos tornarmos pessoas melhores.
A nossa tarefa de auto-aprimoramento é individual, intransferível. A figura do anjo guardião é um recurso que Deus utiliza para nos dar apoio. Mas a tarefa é nossa.
E isso acontece para que cada um de nós tenha o mérito pelas boas obras e atitudes que pratica. É o nosso livre arbítrio, nossa liberdade de escolher o bem, o belo e o amor.
Deus deseja a nossa felicidade. Ele nos dotou de força de vontade, inteligência e sensibilidade para que todos nós possamos progredir intelectual e moralmente.
Se outra pessoa tomasse decisões por nós, qual seria o nosso mérito? Dessa forma, também não aprenderíamos as lições que a vida oferece.
O fogo da experiência nos engrandece: traz maturidade, compreensão, paciência.
Na imensa escola que é o Mundo, somos estudantes que têm deveres a cumprir, conteúdos a aprender.
Nesta escola, há outros mais adiantados, que ajudam os que estão iniciando. Esses são os anjos guardiães ou Espíritos protetores.
Eles não nos substituem, nem tomam as rédeas de nossa vida. Eles sugerem, aconselham, consolam.
E como fazem isso? Quando falamos com eles? Fazem isso por sugestão mental e pela intuição. Também nos aconselham quando estamos dormindo.
Sim, nessa hora em que estamos libertos do corpo, entramos em contato com o mundo espiritual. E nele vive nosso anjo guardião.
Por isso os Espíritos protetores são sempre mais adiantados. É que precisamos de sua sabedoria para nos orientar.
São sábios, pois somente um sábio poderia respeitar o livre arbítrio quando seu protegido faz enormes tolices e sofre por causa delas.
É esse Espírito protetor que nos ouve nas horas calmas, quando aparentemente falamos para as paredes; quando lamentamos as oportunidades perdidas; quando admitimos a nossa imperfeição.
Há coisas que falamos apenas para nós mesmos. Mas Deus as ouve. E determina ao Espírito amigo que também as escute.
Nessas horas, quando a solidão nos alcança, a tristeza desaba sobre nossas cabeças e o desânimo se faz presente, o anjo de guarda nos abraça.
Enlaça a nossa alma cansada, embala o nosso sono. Suas lágrimas regam nossa estrada, seus sorrisos iluminam nossos dias. Porque a missão dessa alma generosa é seguir conosco e nos amar.

O INICIO DO MUNDO DE REGENERAÇÃO COMEÇOU EM 2.010 VIVA JESUS

Desde o dia 18 de abril de 2010 já vivemos aqui na Terra o Mundo de Regeneração. A confirmação chegou até o plano físico em mensagem de Bezerra de Menezes, pela psicofonia de Divaldo Franco, no encerramento do 3º Congresso Espírita Brasileiro em Brasilia (DF), no mesmo dia.
Desde o final do século 20 o Apocalipse é um tema atual. Porém, com o agravamento dos processos climáticos e geológicos e ainda a proclamada nova data para o “fim do mundo” —dezembro de 2012—, tivemos o trabalho de pesquisar nas obras psicografadas pelo nosso querido Chico Xavier para ver se encontrávamos algo a respeito.
Qual nossa surpresa, porém, ao descobrir que nosso querido Bezerra de Menezes, através do confiável médium Divaldo Franco, ratificou o que nossos guias espirituais já diziam —o novo Ciclo de Regeneração realmente começou. E, segundo Emmanuel, na obra “Plantão de Respostas“, deve estar completamente instaurado até meados deste século.
Estamos, portanto, em um período de transição entre o Mundo de Expiação e Provas e o Mundo de Regeneração. Ainda passaremos grandes tribulações físicas e morais. Mas todas elas serão remédios para nossas doenças morais, e evitarão que bilhões de espíritos sejam exilados. Com esta nova visão, restauramos o aspecto Consolador do Espiritismo e somos capazes de compreender com mais clareza o comportamento que nos cabe diante do novo Mundo de Regeneração.
Leia a seguir a íntegra da mensagem de Bezerra de Menezes:
“Estamos agora em um novo período. Estes dias assinalam uma data muito especial: a data da mudança do Mundo de Provas e Expiações para Mundo de Regeneração.
A grande noite que se abatia sobre a Terra lentamente cede lugar ao amanhecer de bênçãos. Retroceder não mais é possível.
Firmastes, filhas e filhos da alma, um compromisso com Jesus antes de mergulhares na indumentária carnal, de servi-lo com abnegação e devotamento. Prometestes que lhe serieis fiel, mesmo que vos fosse exigido o sacrifício.
Alargando-se os horizontes deste amanhecer que viaja para a plenitude do dia, exultemos juntos, os Espíritos desencarnados e vós outros que transitais pelo mundo de sombras. Mas além do júbilo que a todos nos domina, tenhamos em mente as graves responsabilidades que nos exornam a existência no corpo ou fora dele.
Deveremos reviver os dias inolvidáveis da época do martirológio. Seremos convidados não somente ao aplauso, ao entusiasmo, ao júbilo, mas também ao testemunho, o testemunho silencioso nas paisagens internas da alma, o testemunho por amor àqueles que não nos amam, o testemunho de abnegação no sentido de ajudar aqueles ainda se comprazem em gerar dificuldades tentando inutilmente obstaculizar a marcha do progresso.
Iniciada a grande transição, chegaremos ao clímax e na razão direta em que o planeta experimenta as suas mudanças físicas, geológicas, as mudanças morais serão inadiáveis.
Que sejamos nós aqueles Espíritos espíritas que demonstremos a grandeza do amor de Jesus em nossas vidas. Que outros reclamem, que outros se queixem, que outros deblaterem —que nós outros guardemos, nos refolhos da alma, o compromisso de amar e amar sempre, trazendo Jesus de volta com toda a pujança daqueles dias que vão longe e que estão muito perto.
Jesus, filhas e filhos queridos, espera por nós!
Que seja o nosso escudo o Amor, as nossas ferramentas, o Amor, e a nossa vida, um Hino de Amor, são os votos que formulamos os Espíritos Espíritas aqui presentes e que me sugeriram representá-los diante de vós.
Com muito carinho o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra
Muita Paz, filhas e filhos do coração.
Mensagem psicofônica do Espírito Bezerra de Menezes pelo médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento do 3º Congresso Espírita Brasileiro em Brasilia (DF) no dia 18/04/2010.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

“QUANDO DESENCARNAMOS, ENCONTRAMOS OS ENTES QUERIDOS IMEDIATAMENTE”?

A alma, ao atravessar o portal do túmulo, geralmente encontra os que lhe foram caros na Terra, bem como aqueles que a guiaram nos roteiros espirituais; no entanto, nem sempre isso acontece, devido a sua posição na escala espiritual. Compete a cada criatura trabalhar no seu aperfeiçoamento enquanto encarnada, aliviando o seu fardo e clareando sua mente para ter a felicidade de encontrar os seus parentes e amigos no limiar do túmulo. Por outro lado, nem sempre os seus parentes estão preparados para assistir a sua desencarnação e dar-lhe assistência. Tudo é relativo, na pauta da vida a que nos submetemos viver, mas, quando os que se foram antes estão bem postos no mundo dos Espíritos e os que desencarnam estão bem em consciência, eis que é uma festa de luz, onde o coração manifesta toda a alegria, com a evolução da própria vida.
Procuremos, pois, conhecer a Nosso Senhor Jesus Cristo, por ser Ele o caminho por onde encontramos as maiores alegrias da vida. Ele é a porta por onde nunca erramos as diretrizes que nos levam à paz. Ele é a verdade que sempre nos liberta da ignorância com todos os seus aspectos de infortúnios.
Podemos rever os nossos parentes e amigos que já passaram para o mundo dos Espíritos, sendo que, dos mais elevados, recebemos a ajuda para nos fortalecer, e aos mais infortunados prestamos auxílio, mesmo que eles não nos vejam.
Deus, a Bondade Absoluta, proporciona segurança a todos os Seus filhos. Criou o Senhor o Sol que sustenta a vida na Terra e mesmo em alguns planos do Espírito; no entanto, criou igualmente filtros para abrandarem a luz, de modo que ela não nos causasse danos nas condições de Espíritos ainda necessitados. Toda a natureza carrega consigo defesas que o amor de Deus sustenta, para que a vida vibre com todo o seu fulgor e harmonia.
No plano do Espírito, as defesas são as mesmas: somente recebemos o que merecemos. A justiça rege o universo, sustentando a paz em todos os ângulos. As criaturas recebem, do amor do Criador, a misericórdia capaz de aliviar todos os que sofrem, dotando-os de esperança rumo ao futuro. A nossa alegria é grandiosa ao atravessarmos o túmulo e encontrarmos do outro lado os nossos entes queridos nos esperando com ansiedade, para nos transmitir as lições sublimes de todas as suas experiências no mundo da verdade. Esse aconchego nos dá mais vida e faz crescer sobremodo a esperança, de sorte que as promessas crescem para o futuro, por reconhecermos que a morte não existe, que somente a vida brilha em todos os sentidos do Universo. A Doutrina dos Espíritos é um coadjuvante desta felicidade. Essa escola muito ajuda a alma na transição da Terra para o mundo dos Espíritos.
Não percas tempo, meu irmão. Procura melhorar, melhorando-te por dentro, corrigindo faltas e aprimorando ideias, iluminando sentimentos e trabalhando no bem comum, para que, no momento da mudança da Terra para o mundo espiritual, sejas iluminado e possas encontrar todos os companheiros que já regressaram e que estão em condições festejar a tua vitória.

Miramez 

PORQUE ESTA ACONTECENDO TANTA VIOLÊNCIA

Os ambientes psíquicos da humanidade encontram-se saturados com energias perturbadoras, agressivas, de teor tenebroso, quando não, lascivas. Certamente para isso concorre a produção de filmes de terror e de “ação”, de jogos de video game violentos – nos quais matar é o certo, o que se busca e o que se premia –, povoados por zumbis, vampiros e assemelhados. Além disso, a mídia “respira” a cultura do sexo, da sensualidade, da lascívia, contagiando e influenciando.

 de tudo isso no cotidiano, em situações nunca sonhadas, nas quais alguém pega uma arma e sai matando crianças e demais pessoas inocentes, ou praticando outras selvagerias.
    As ondas longas, de pensamentos terrenos e baixos, circulam apenas pela superfície da Terra, atingindo somente os sofredores e involuídos, ou as próprias criaturas terrenas. Qualquer pensamento de tristeza, de ressentimento ou de crítica abaixa as vibrações, não deixando que nossas preces cheguem ao alvo desejado.”
   Com esse entendimento, podemos compreender a necessidade de habituarmo-nos a vibrar em “ondas curtas, ou ultracurtas”, isto é, com pensamentos elevados, para que as nossas preces e emissões possam alcançar os espíritos que se encontram nas altas camadas.
    Sabemos também que é o amor desinteressado, a oração e a fé que mais fortemente elevam nossa frequência vibratória, ao passo que raiva, ressentimentos, mágoa, tristeza, indiferença, egoísmo, vaidade e assemelhados fazem baixá-la.
    Em época de transição, além de cuidar da própria evolução espiritual, também temos que pensar na Terra como sendo a nossa embarcação cósmica a enfrentar tempestades.
Que fazer numa situação como essa?
Podemos orar, pedindo a Jesus e às forças superiores para ajudarem nosso planeta nessa transição, além de fazer vibrações para a humanidade, a fim de que o ser humano se torne melhor. Mas podemos fazer muito mais, como engajar-nos no movimento e fazer Irradiações luminosas para a Terra, passando a fazê-las de forma sistemática, além de também nos tornarmos difusores dessa prática.
   No momento atual, quando já estamos dando os primeiros passos na ponte que levará a Terra à condição de mundo de regeneração, cabem algumas reflexões.
   Para que serve o conhecimento? Por que uma pessoa estuda, por exemplo, engenharia civil? Não é para aplicar esse saber em sua vida profissional, na realização de construções, de reformas etc.?
    O Espiritismo representa um universo de informações, de conhecimentos, que trazem consequências morais, conforme se diz na sua codificação, ou seja, trazem mudanças à nossa vivência.
    Sendo assim, a doutrina espírita deveria ser estudada com a mesma finalidade, ou seja, a de aplicar esses conhecimentos para ajudar seus seguidores em suas transformações internas, priorizando essa vertente, entretanto realizar as mudanças interiores que ela propõe é muito difícil, requer verdadeira reforma, com a eliminação de diversos materiais das velhas construções do ego que tanto prazer nos dão, e isto não será alcançado com a profundidade necessária, sem um trabalho contínuo, persistente e prioritário.
    Por certo é indiscutível a valia de se enriquecer o intelecto, mas que seja dada a mesma importância ao enriquecimento em valores espirituais, porque, nesta fase planetária que estamos começando a atravessar, a maior necessidade está em trazermos à nossa vivencia, ao nosso cotidiano, a prática dos valores que já aprendemos.
   O movimento espírita representa algo maravilhoso, tanto pelos conhecimentos que proporciona, quanto pela abnegação e pelo espírito de renúncia e dedicação da maioria dos seus seareiros. Mas, para acompanhar devidamente esta transição para mundo de regeneração, está sendo necessário um grande empenho, uma mudança de foco que passe a priorizar a questão da vivência dos conteúdos espíritas; a desenvolver atividades que ajudem a alavancar a evolução espiritual, tanto dos trabalhadores das searas, quanto daqueles que buscam os centros à procura de qualquer tipo de ajuda.
    Nos meios espíritas, fala-se muito em Jesus; invoca-se o seu nome para iniciar e encerrar atividades, mas falta um programa específico, efetivo, contínuo e prioritário para fomentar a vivência dos Seus ensinamentos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Aceite-se para ser aceito pelos demais

Sentir-se rejeitado pelos outros é um sentimento que poucos conseguem superar facilmente, pois depende de uma elevada confiança em si mesmo, o que nem sempre temos.
Quanto mais rebaixada nossa auto-estima, quanto menos gostamos de nós mesmos, mais vulneráveis somos à rejeição.
Quando uma pessoa com baixa auto-estima perde uma pessoa que ama ou uma colocação profissional, passa a acreditar que não merece nada, que é indigna de ter o que deseja, sentindo-se completamente só e, principalmente, abandonada.
Mesmo as pessoas com elevada auto-estima, ou seja, conscientes de seu valor, tendem a sentir os mesmos sentimentos quando há uma perda, pois neste momento perdem também o controle da situação que até então acreditavam ter e isso tende a abalar todas as emoções.
Lidar com a rejeição não é nada fácil, pois geralmente nos remete inconscientemente às situações de abandono durante a infância.
Se alguém nos rejeita, de alguma forma não nos aceita, e se tentarmos mudar em função disso para agradar, tudo tende a piorar.
Mas, na maioria dos casos, o outro dificilmente é a causa real do sentimento de rejeição, pois a sensação de sentir-se abandonado já existe internamente na pessoa. A dificuldade está em lidar com estes sentimentos anteriores somados aos atuais.
O principal antídoto ao sentimento de rejeição é não limitar todas as esperanças da vida a um relacionamento, ou seja, dedicar-se apenas ao marido, filho, a esposa, a mãe, ou a um emprego, não tendo mais nenhum outro objetivo, esquecendo-se de outras pessoas ou fatos importantes e principalmente de si mesmo.
Mas não há nada pior do que acreditar cegamente e... ser abandonado. Se você admitir que pode um dia ficar só e ainda assim sobreviverá, correrá menos riscos de se sentir rejeitado.
E também terá maior liberdade para mudar sua vida sem sentimentos de culpa. Não devemos nunca perder nosso referencial interno, nem reduzir nossas esperanças ou colocar nossa expectativa de vida sob a direção de algo que não controlamos: o sentimento e a reação do outro.
Por vezes, podemos ser preteridos e não é por isso que a vida deixará de existir ou que as coisas que desejamos deixaram de ser realizáveis, muito pelo contrário, pode ser a chance que temos de ter a possibilidade para irmos em busca daquilo que realmente queremos. Não podemos nunca depender da atitude de outra pessoa para termos certeza de nosso real valor.
É preciso que estejamos sempre conscientes de que as atitudes de outras pessoas nem sempre estão relacionadas à nossa pessoa, e, portanto, não são respostas a nós. Precisamos entender que os outros são seres humanos como nós e que às vezes podem nos dar um não ou uma resposta agressiva muito mais em função dos próprios conflitos internos e que nada têm a ver com sua pessoa.
Mas como muitas vezes não consideramos a realidade interna do outro, imaginamos que estamos sendo rejeitados, mas muitas vezes a rejeição faz mais parte do nosso mundo interior do que da realidade.
Por isso, é importante saber diferenciar a reação dos outros em cada momento. Procure entender as razões do outro, pois muitas vezes o problema para agir assim pode ser mais dele do que seu.
Seja como for, de nada adianta dramatizar a situação e colocar-se no papel de vítima. O drama e o sentimento de culpa só irão aumentar a sua dor. Encare a dificuldade do momento de frente e procure aprender com tudo isso. No mínimo, você conquistará maior autoconfiança e isso lhe será útil pelo menos na próxima vez.
Muitas vezes, o sentimento de rejeição é acentuado pela insistência em supervalorizarmos a opinião e aprovação dos outros de nosso modo de ser, pensar e agir. Damos aos outros o poder de juiz e permitimos que comandem nossa forma de viver.
A excessiva importância dada à opinião e aos valores dos outros, por mais que estes queiram apenas o nosso bem, retrata uma irresponsabilidade quase infantil e inconsciente de acreditar que são eles que devem assumir e suprir nossas necessidades.
Cabe a cada um de nós satisfazer as próprias carências e não a quem está ao nosso lado. Acreditamos que ninguém deve nos dizer não, para que não nos sintamos rejeitados e abandonados, mas, na verdade, a principal rejeição não vem dos outros, mas está dentro de nós mesmos e resulta na falta de amor-próprio.
Pare de se criticar, mude o que acha que tem de mudar em si e torne-se mais independente da aprovação de outras pessoas.
Aceite-se.
Torne-se responsável pelo que você é e deixe que o outro seja responsável pelo o que ele é. Faça sua vida ser conduzida sob sua responsabilidade e seus valores, e não sob os do outro.
Pense que você tem a responsabilidade de se amar, se aceitar, aprovar e valorizar.
Se atribuir essa responsabilidade ao outro, cada vez que ele negar, surgirá a rejeição, um sentimento que só você poderá se isentar de senti-lo.
E lembre-se:
Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas e quem as merece não te fará chorar
Abs
Francisco

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A VIDA PRESENTE DE DEUS

Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem Divina.
Olha, mas não vê… Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente…
Perdido na névoa densa, que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.
Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.
Sua vida na Terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você.
Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.
Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.
Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.
Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça ou da chuva a rolar sobre sua face.
Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma.
Sinta o gosto pela vida. Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.
Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.
Sinta-se vivo ao apreciar o voo da borboleta ou do pássaro à sua frente.
Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados, fazendo e desfazendo-se sob seus olhos.
Quão maravilhosa é a vida!
Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro- universo, olhe o chão.
Quanta vida há no chão…
Minúsculos seres caminhando na terra, na grama…
A formiga na sua luta diária pela sobrevivência…
A aranha, a tecer sua teia caprichosamente e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo.
Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.
Somos caminhantes da estrada da reencarnação somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres mas que se tornarão luminosas e brilhantes.
Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus.
Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.
A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.
E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.
Pense nisso, e aprenda a dar graças pela dádiva de viver

Nossos Pensamentos

Hoje em dia sabemos que uma enorme quantidade de doenças (como a depressão, a ansiedade, as fobias) e inúmeros conflitos (familiares, pessoais, trabalhistas), não são causados por males comuns, e sim pelo insistente monólogo que temos com nós mesmos e guardamos em nosso interior. Se nossos pensamentos e decisões transbordam pessimismo e falta de esperança, se não paramos de criticar e avaliar os demais e a nós mesmos e só percebemos defeitos e erros, nos sentiremos sempre terrivelmente tristes.
Nossa forma de pensar e agir provoca sentimentos e atitudes semelhantes em quem nos rodeia. Nosso objetivo de vida deve consistir em decidir que atitudes tomar para que não fiquemos doentes, para que nos relacionemos melhor com os demais, e para viver bem. Se decidirmos nos encher de paixão, alegria, otimismo, imaginação, não vamos somente nos beneficiar, vamos beneficiar também todos aqueles que nos cercam, e assim teremos uma vida mais intensa e produtiva.
O sofrimento humano é, sem dúvida, proveniente da necessidade de se fazer escolhas todos os dias e precisar renunciar a tudo aquilo que não faz parte das escolhas já feitas. Sempre enfrentamos alternativas igualmente interessantes na hora de escolher, mas podemos decidir mudar nossos valores. Dessa forma, é possível dominar nosso estado de ânimo, e, acima de tudo, refletir sobre a nossa existência, já que, dependendo das nossas decisões e atitudes positivas, “assim será nossa vida”

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

CONFLITOS INTIMOS

Conta antiga lenda indígena que, certa feita, um jovem, mergulhado nas angústias e questionamentos naturais da juventude, procurou o grande sábio de sua tribo. 

Nos primeiros passos para tentar se entender e entender ao mundo, foi buscar no velho homem um pouco de esclarecimento. 

Solenemente aproximou-se do respeitoso ancião, que o recebeu com um brilho no olhar, próprio dos que entendem os porquês da vida em profundidade. 

Tentando encontrar as melhores palavras, a forma mais apropriada para se expressar, o jovem explicou o que ali o levava. 

Grande sábio, trago comigo muitas dúvidas sobre como devo proceder. Afinal, como ser uma pessoa de bem, como ser um homem honrado, se ainda trago no peito tantas paixões e tantas fragilidades morais? 

O sábio, certamente, já se houvera feito tais questões. 

Os anos lhe haviam permitido caminhar sob o açoite das aflições íntimas. 

E tal qual o jovem à sua frente, que ora iniciava seus primeiros passos rumo ao autoconhecimento, também ele buscara essas respostas. 

Então, olhando-o terna e pacientemente, lhe propôs a seguinte imagem. 

Meu filho, em nosso mundo íntimo, em nosso coração, habitam dois cães ferozes, um bom e outro mau. 

Como têm origens muito distintas, como não se assemelham em nada, essas duas feras vivem em constante luta, em diuturna batalha. 

E você sabe qual deles irá ganhar a luta, meu filho? - Indagou o ancião. 

O jovem, atônito pela imagem proposta, não soube responder. Imaginou a luta entre os dois animais e pensou como seria terrível, brutal. 

Meu jovem, essa batalha em nosso mundo íntimo será ganha pelo cão que mais alimentarmos . 

Escutando isso, o rapaz, compreendendo a profundidade da lição, retirou-se para a necessária meditação em torno do ensinamento recebido. 



Assim acontece com cada um de nós. Não há quem não traga em sua intimidade tendências positivas e dificuldades de grande monta. 

Nenhum de nós chega ao mundo sem conflitos a serem vencidos, sem limitações a serem ultrapassadas. 

Alguns apresentamos grande tendência ao egoísmo, e então a vida nos dá a oportunidade de exercitar a solidariedade. 

Outros nascemos vaidosos, egocêntricos, e a vida nos oferece lições de humildade e simplicidade. 

Tantos nascemos avaros, pensando só em amealhar bens para nós mesmos, e a vida nos dá a chance de aprendermos a generosidade. 

Serão sempre dois cães a lutar em nossa intimidade, a fim de ganhar espaço, vencer batalhas. 

A eclosão de nossos conflitos íntimos é resultado da consciência a nos alertar sobre os caminhos que a vida nos oportuniza. 

Nesses momentos, será a hora de pararmos e claramente decidirmos qual dos dois cães desejamos alimentar. 

Será sempre pela insistência, pelo hábito e pela disciplina, investindo em nossas construções positivas, que conseguiremos vencer as batalhas íntimas. 

Dessa forma, tenhamos tranquilidade quanto aos enfrentamentos naturais de nossa intimidade. 

E não nos esqueçamos de que será sempre nossa a decisão de alimentar uma ou outra fera, ou seja, as nossas boas ou más tendências.