sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Ser e não ter

Por que será que sempre tentamos buscar a felicidade nas coisas exteriores?
Já perceberam que sempre queremos aquilo que está muito distante de nós, quando na verdade nem sabemos se é realmente aquilo que queremos?
Quando viemos ao mundo, nada trazemos de material. Chegamos apenas com o nosso eu, e ainda assim somos amados e felizes, pois embora habitando um corpo pequeno, tenro e frágil, nos sentimos seguros com o tem dentro de nós e os afetos que nos cercam. Quando crianças somos felizes com pequenas coisas, como correr, brincar, sentir o vento  no rosto, o carinho de alguém, nos sentimos sempre seguros e confiantes na vida. Nada tememos.  Na medida em que nos tornamos adultos, começamos a criar necessidades, na verdade desnecessárias para nós, nos tornando verdadeiros escravos delas.  Nós adultos acabamos por perder os pequenos prazeres da vida, acreditando na ilusão de que precisamos de tudo o que há de material no mundo para sobrevivermos. Aí passamos a sentir medo da perda daquilo que adquirimos, materialmente, e deixamos de viver, preocupados, tão somente com o que possuímos. Chegamos ao ponto de querermos até mesmo nos apossar da vida das pessoas, como se elas fossem propriedade nossa também.
Esquecemo-nos,  ainda, de que o mais importante é Ser e não Ter.
Nosso Divino Mestre Jesus sabia muito bem do que estava falando quando disse: Deixai vir a mim as criancinhas, pois é dela o Reino dos Céus! Aquele que não for como um desses pequeninos não entrará no Reino dos Céus.
Isso tudo só tem um significado: Jesus já sabia que se mantivéssemos a pureza dos pequeninos, a confiança e o prazer nas coisas que realmente valem a pena, encontraríamos o Reino dos Céus dentro de nós, ou seja, a verdadeira felicidade!
Então, deixemos de nos preocupar demasiadamente com o dia de amanhã, com os bens terrenos que não passam de meros empréstimos do Nosso Pai, para cumprirmos a nossa jornada aqui na Terra, lembrando que estamos aqui por motivos muito maiores, e que acima de tudo temos um Pai misericordioso, bom e justo, que está sempre velando por nós.  Procuremos amar, sem as amarras do ciúme, da posse, para que cada um possa viver livremente, para a aquisição das experiências que lhe são necessárias.  Tenhamos em mente que para a nossa felicidade, não importa aquilo que está fora de nós, mas sim o que guardamos dentro de nós.  Então, vamos começar a guardar aqueles tesouros que jamais nos serão tirados e que nos acompanharão por toda a eternidade, ou seja, a alegria de estarmos vivos e sermos filhos de Deus, o amor  que engrandece a alma, o perdão,  a confiança e a fé, filhos da caridade!!!