quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Vitória sobre o Ciúme

Do livro: Prazer de Viver 
Wanderley de Oliveira
"Para o invejoso e o ciumento , não há repouso; estão perpetuamente febricitantes. O que não tem e os outros possuem lhes causa insônias."
(Fénelon, Lião, 1860) - O Evangelho Segundo Espiritismo
Vitória sobre o Ciúme
 
                                  
"Cada instante que nos distanciamos das Leis Naturais da vida é um passo para a enfermidade. A doença é o resultado de um processo.
O ciúme – reflexo do afeto perturbado pelo instinto de posse - , quando cultivado em séculos de renitência no amor-próprio, fatalmente desarticulará o psiquismo, adoecendo-o com quadros de insegurança e medo.
Diante do medo da perda, a criatura se torna apegada, melindrosa e ressentida por pequenos senões, configurando um estado de incertezas fantasiosas nos domínios do raciocínio.
Fruto de imaturidade emocional, o ciúme é uma manifestação de carência afetiva, culpas, complexo de inferioridade e falta de auto-confiança, determinando larga ausência de gratificação com a vida.
É a presença da possessividade que impede a partilha e favorece o desequilíbrio.
O ciúme onde comparece excita disputas silenciosas, desenvolve guerras mentais, incendeia pretensões personalistas, alimenta a inveja, estabelece incômodos íntimos com o êxito alheio e, por fim, impinge à sua vítima uma profunda revolta com os acontecimentos que lhe escapam ao controle.
Costuma-se tomar o ciúme como sinônimo de inveja.
 O primeiro é atitude de apropriação indébita de alguém ou de algum bem. Sintoma eloquente de carência de afeto e do desejo de ser amado que se transmudou em um vil individualismo.
O segundo é a ausência do auto-amor em razão do desconhecimento de seus valores.
Na profundidade do psiquismo está a causa dessa dolorosa prova do medo das perdas. Em muitas vezes, são culpas  e núcleos de matéria mental em processo de expurgo pelas fibras do sistema emocional.  Doença que exige muita devoção à autoeducação.
Esforçai-vos por desprender-te das tormentas fantasistas da comparação com o outro e faças o melhor, ciente de que, se queres tanto ser admirado pelos que vossos olhos enxergam na carne, nem imaginais, muitas vezes, quantos são os que vos avaliam e aferem a devoção na vida extrafísica, contabilizando os créditos e débitos na rotina dos dias, amando-vos incondicionalmente sem exigência alguma.
Isso é o que importa!!!
Abdique da tormenta voluntária do ciúme e se ame.
Descubra seus valores.

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