domingo, 25 de janeiro de 2015

O CRISTO ESCREVENTE

Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas
Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.
João, 8:6
Todas as vezes em que buscamos anunciar os defeitos alheios,
perdemos a capacidade de observar os nossos; o tempo que consumimos
com conversações fúteis, é o tempo que passa sem pensamentos elevados:
Mudar é atitude do homem que avança, e mudar bem é sentir o Cristo como
sol de Deus no coração.
Cristo escrevente é algo que todos procuramos, é fome milenária a
palpitar em nossos seres. Foi Ele quem escreveu nas nossas consciências
as leis eternas do Criador, porque despertamos para a razão em Seus
braços, e iniciamos o raciocínio em Sua escola de amor.
Todas as escrituras de todos os tempos, na Terra, onde se alicerçam
todas as religiões, foram criadas por Sua inspiração, determinação do Seu
dever para com todo o rebanho, e a escrita se fez de acordo com o tempo e
o povo, com a evolução e necessidade de cada região. Depois, Ele v eio
pessoalmente concretizar Suas promessas, feitas pelas bocas dos profetas.
Jesus é, por excelência, o escrevente de todas as páginas do Bem na Terra!
Aquele que O acompanha com fidelidade, já lê no eterno o que Ele quer nos
falar no presente e, entende no presente, o que deveremos plantar, para
colhermos no futuro.
A ingerência da fraternidade em nossas v idas, de encarnados e
desencarnados é v isível, acentuando-se, assim, a presença de Deus em
nós, pelo canal de amor puro através de Jesus Cristo. Como negar a força
do Bem diante do mal que nos envolve? Os desequilíbrios emotivos das
criaturas revelarão a posição que ocupa na escala espiritual, e quem já
despertou a autoeducação está sentindo de perto a sua liberdade, pelo esforço
próprio e pelo comando de Deus. Os homens que se dispuseram a apedrejar
a mulher adúltera v iam nela um erro cuja gravidade os levava a condená-la a
morte; e logo se fizeram juízes. Mas, defrontando-se com Jesus, pediram-Lhe
opinião, lembrando que a lei de Moisés ordena o aniquilamento. O Mestre,
sentindo que estava sendo tentado pelos Escribas e Fariseus, passou a
escrever no chão os pecados dos que condenavam a mulher, e esses,
assustados, v ão se retirando de um a um. E Jesus, a sós com sua irmã em
Deus, pergunta:
- “Mulher eles não te condenaram?”
Ela responde:
- "Não, Senhor”.
Retruca o Mestre:
- “Nem tão pouco eu; v ai e não peques mais!”.
Lembra-te do Cristo escrevente quando pretenderes condenar
alguém, porque Ele tem o dom sublimado de anotar na tua consciência os
teus deslizes, que poderão ser piores do que os de quem pretendem
condenar. De certa feita, esquivou-se de ser juiz, mesmo possuindo a pureza
d’alma.Meus filhos, já conscientes de toda essa estrutura evangélica de
iluminação da alma, procuremos, pois, escrever também com o exemplo nas
páginas de cada dia, os v alores do espírito, nunca gastando o tempo precioso
em conjeturas falsas, referentes aos que caminham conosco.
Se quiseres condenar a alguém, pelo impulso velho que mora em ti,
faze-o contigo mesmo, porque somente tu conheces melhor a tua natureza.
Se cada um cuidar de si mesmo, alcançaremos a felicidade, porquanto Deus
já cuidou de todos, antes que pensássemos nisso. Será que já aprendemos a
escrever pelos pensamentos? Será que já aprendemos a escrever pelas
palavras? E pelas mãos? Quanta necessidade de escola, haja v isto a escola
do Amor, que tem Jesus
Cristo como Mestre escrevente! Estamos carentes de educação em todo o
percurso da nossa existência e estamos com falta de disciplina em muitos
dos atos da nossa v ida. Temos fome e sede de amor e justiça! Como
encontrar tudo isso? Somente em Cristo, pois sem Ele a solução escapa aos
nossos entendimentos. E nunca fazer o mesmo que faziam os Escribas e
Fariseus:
Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas
Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.
Miramez do Livro CRISTOS

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