sexta-feira, 13 de novembro de 2015

ANTE O SUCESSO EXTERIOR, O DRAMA INTERIOR




Outro aspecto relevante a ser considerado em relação a baixa autoestima, e também muitas vezes relacionada a vaidade e ao sucesso (esse sim uma qualidade natural de um bom empreendedor) é que, quando a pessoa é bem sucedida… quando apresenta verdadeiro potencial para alguma área da vida, traz consigo um quantum de exigência em relação aos demais muito acentuado, o que propicia o nascimento de baixa autoestima, por não se sentir “bom” em tudo na vida.
De fato, a evolução tem relação a muitos aspectos na vida, e nem sempre o sucesso em uma área implica no sucesso em todas as áreas. Estamos, como bem afirmam os espíritos, na Codificação promovida por Allan Kardec, num mundo de expiações e provas, que dentro da classificação dos mundos proposta pela Doutrina Espírita, é apenas o segundo, na ordem de inferiores para superiores, das categorias. Ou seja, ainda não estamos, sequer, na metade do caminho da evolução. Segundo essa classificação, o mundo de expiações e provas, é um estágio onde o mal ainda predomina na natureza humana em relação ao bem, de forma que ainda temos dentro de nós a corrigir e muito mais ainda a aprender, que sequer nos damos conta. Normal então de apresentarmos erros e falhas… normal que tenhamos ainda muitas dificuldades… normal que não tenhamos desenvolvidas todas as nossas potencialidades como homens e como almas… Normal, então, que tenhamos algumas potencialidades desenvolvidas que outras… que ainda apresentemos muitas dificuldades de relacionamentos, tanto externos (com o outro) quantos internos (conosco mesmo)… Normal que podemos ter sucesso exterior, e ainda assim possamos apresentar um quadro de autoestima muito baixa para conosco mesmo.
Após entendermos que não existe condições para sermos o supra sumo das condições espirituais, nas diversas áreas das potencialidades do Espírito, esperar que sejamos ou exigir que sejamos isso, ou ainda querer apresentar essas condições, é um absurdo. Assim toda vaidade ou baixa autoestima funda-se na dificuldade de compreensão e aceitação de nossa condição de espíritos em caminho… percurso… da perfeição. É essa falta de compreensão que precisa ser combatida.
Se não nos esforçarmos para compreender e aceitar uma realidade que se apresenta a nós, não há como ela ser alterada. Ainda que nossa compreensão seja limitada e nossa visão não seja tão clara, temos que ser o máximo sinceros e claros em relação a nossa compreensão da realidade.
Assim, muitas vezes, quando verificamos algum sucesso de uma pessoa no quadro de ambiente social e relacional, é possível que o mesmo nem sempre se reproduza no ambiente interno da consciência. Verificamos, assim, uma pessoa a quem damos um valor muito elevado por sua condição exterior, mas que poderá estar vivenciando dramas internos muito complexos e doloridos, dos quais sequer temos conhecimento.
Da mesma forma, muitas pessoas a quem não apontamos sucesso na vida exterior, muitas vezes, já adquiriram uma consciência ampliada em relação a sua existência interna, permitindo o equilíbrio necessário, para eclodir num futuro, suas potencialidades sem essa questão tão acintosa da vaidade e da baixa autoestima

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