sábado, 19 de outubro de 2013

PREMIO E CASTIGO

Ao longo dos séculos a humanidade tem ouvido os religiosos pregarem a necessidade de praticar o bem para receber o prêmio póstumo, ou seja depois da morte. 
 
Caso ele não pratique o bem, fará jus ao devido castigo. 
 
Temos que reconhecer que esse não é um método eficaz de educação para os nossos dias, quando o homem já possui tantas informações sobre o universo que o rodeia. 
 
Mas, então, não há argumentos que possam levar o homem à prática do bem? 
 
Certamente que os há. No entanto, a lógica e a razão devem ser levadas em conta. 
 
Hoje o homem tem razões de sobra para crer que o universo, do qual fazemos parte, não se fez sozinho e nem foi fruto do acaso. 
 
Sabe também, que não há efeito sem causa, e que o universo é um efeito que há de ter uma causa. E uma causa inteligente, pois tudo no universo se comporta de forma inteligente. 
 
O homem sabe que existem bilhões de galáxias espalhadas pelo universo e que as leis que regem esse universo infinito são perfeitas. 
 
A lógica nos leva a deduzir que acima de toda a criação, há de ter uma causa primária, uma inteligência suprema, criadora de todas essas maravilhas. 
 
Chegaremos então à conclusão de que essa causa primária, essa inteligência suprema é o que chamamos Deus. 
 
Ora, se fazemos parte desse universo, é lógico deduzir que também fomos criados com uma finalidade útil. 
 
Se buscarmos com sinceridade, encontraremos nos ensinos de Jesus, o espírito mais perfeito que a terra conheceu, a prescrição de que devemos fazer o bem. 
 
Jesus resumiu toda a lei e os profetas na máxima: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. 
 
Disse também que a cada um será dado segundo suas obras. 
 
Pensando nessas verdades, logicamente deduziremos que não seremos premiados, nem castigados, mas obteremos o resultado dos nossos próprios atos. 
 
Disso temos inúmeros exemplos no nosso cotidiano. 
 
Se somos um aluno relapso, teremos a nota correspondente. 
 
Se não gostamos de trabalhar, receberemos o salário do ocioso. 
 
Se comemos ou bebemos demais teremos distúrbios variados no organismo, e assim por diante. 
 
No entanto, se é verdade que hoje temos a impressão de que recebemos um castigo que não fizemos por merecer, é que a causa da nossa desdita está oculta em existências anteriores, e o efeito chega agora no endereço certo. 
 
Isso não é castigo, mas oportunidade bendita que Deus nos oferece para corrigir o equivoco. 
 
Também é verdade que temos momentos de felicidade. São os momentos que fizemos por merecer, ou que a misericórdia divina nos concede a fim de que possamos refazer as forças. 
 
Dessa forma, podemos comparar a nossa existência a um jardim, que produzirá somente o que nele plantarmos, respeitando sempre a nossa livre vontade. 
 
Assim, se de vez em quando encontrarmos um espinheiro plantado no meio do nosso jardim, arranquemos e plantemos em seu lugar a flor mais perfumada que conhecemos, porque, embora demore um pouco para florescer, no futuro teremos a flor. 
 
Pense nisso! 
 
Pense nisso! Todos somos filhos do Amor divino, e trazemos em nós as possibilidades de conquistar a felicidade, sem prêmios, nem castigos

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