O
uso de medicamentos tornou-se praticamente rotina na vida das pessoas. Muitos
preferem tomar um remédio a refletirem sobre o que interiormente não está bem.
Isso favorece a proliferação de substâncias que se propõem a sanar os males
físicos, chegando inclusive ao uso abusivo dessas substâncias, sem dar-nos
conta dos efeitos colaterais desses medicamentos.
Apesar de os agentes físicos
causadores das doenças estarem presentes, elas ocorrem num ambiente
emocionalmente propício àquela manifestação. Melhor dizendo, num momento de
turbulências existenciais, que provocam certos conflitos. Os sentimentos se
desestabilizam, desorganizando os sistemas do corpo; isso causa a
vulnerabilidade para a manifestação da doença.
Tudo o que se passa é de acordo
com o que foi cultivado interiormente.
Dr.
Bruce Lipton reclama uma nova medicina, uma que tenha em conta a capacidade de
curar da energia, muito mais eficaz que os medicamentos. Ele assegura que a
medicina tradicional vai por um mau caminho. E através de suas pesquisas refez
alguns conceitos, entre eles a ideia da reencarnação.
O
senhor assegura que a medicina convencional esta indo para um mau caminho. O
quão perigoso são os medicamentos que nos receitam?
Dão-nos
medicamentos para enfermidades, mas isso causa muitos problemas em nosso corpo.
Porque esta medicina baseada na farmacologia não entende como está
interelacionada toda a bioquímica do organismo. Quando tomo um comprimido, e o
introduzo em meu corpo, não afeta apenas o lugar onde eu tenho o problema, mas
a muitas outras coisas de uma vez. São os chamados efeitos secundários. Na
realidade não são secundários, mas diretos. Não entendem que o efeito das
drogas é múltiplo segundo estatísticas. Segundo estatísticas nos EUA, os
fármacos matam ali mais de 300.000 pessoas a cada ano. Há algo que não funciona
na ciência médica. Faz algumas coisas bem, como a traumatologia, mas está
matando muito mais gente que ajuda.
O
que se descobriu sobre as células que a medicina não leva em conta?
Eu
já trabalhava com elas nos anos 60. Fui um pioneiro porque nessa época havia
muito pouca gente trabalhando com isso. Um experimento que fiz nessa época
mudou a ideia que tinha do mundo. Então, a pergunta é muito delicada, o que
controla o destino das células? Todas eram idênticas, a única coisa que era
diferente era o entorno. Quando coleto células sadias e as coloco em um entorno
nocivo, as células adoecem e morrem.
Se um médico as visse, diria:
“Que medicamento tem que dar-lhes?”.
Mas, não faz falta nenhum
medicamento. Troca o entorna nocivo e as coloque em um ambiente são e saudável,
e as células curam-se. Os humanos são uma comunidade de 50 trilhões de células,
portanto, a célula é o ser vivente e a pessoa é a comunidade.
Qual
área da célula que é necessário cuidar?
Dentro
de mim há 50 trilhões de células, e o espaço ao redor da célula para nós é o
sangue, neste entorno, a composição do sangue muda o destino da célula.
O
que controla o sangue?
O
sistema nervoso, que cria uma química diferente segundo o sistema exterior. A
célula e o ser humano são a mesma coisa. Portanto, a medicina culpa às células
pela enfermidade e trata de mudar a química das células, mas esse não é o
problema, o problema é o entorno. E se muda a pessoa de entorno, sem
medicamentos, o cérebro muda a química. O cérebro da célula e da pessoa lê e
entende o entorno.
Em
um ambiente saudável, nos curamos automaticamente? Fácil assim?
Não
é tão fácil, porque a mente interpreta. Pode suceder que estejamos em um
ambiente muito saudável e que a mente o veja como negativo ou prejudicial.
Então cria uma química que fará que o corpo adoeça. A diferença entre a célula
e o ser humano é que esse tem uma mente que faz uma interpretação e a célula lê
o entorno diretamente. Coloca-se um programa com erros na mente, então a
química que gera não está em harmonia com a vida. E isto nos serve para
entender como funciona um placebo. Mudo minha crença e penso que isto me vai
curar, tomo uma pílula porque acredito que isto me vai trazer saúde, e me cura.
Mas a pílula poderia ser de açúcar, na realidade não fez nada, foram minhas
crenças que fizeram. E, a isso chamamos de pensamento positivo e efeito
placebo.
Está
dizendo que o efeito placebo – crer que algo nos curará – é mais curativo que
um medicamento? Mas quase não há investigações sobre isso.
Sim,
tens razão. És consciente de que há mais de uma maneira de fazer energia sem
ter que depender do petróleo? Mas seguimos dependendo do petróleo porque a
mudança não interessa àqueles que controlam a energia. O mesmo acontece com as
empresas farmacêuticas. Vendem fármacos e poder curar sem fármacos é bom ou mal
para a indústria farmacêutica? Não querem que você se cure sem comprar seus
fármacos. Se pode colocar energia em uma cápsula? Se fosse assim, as indústrias
tentariam vendê-la. Pode-se curar sem usar medicamentos, mas a indústria que os
produz não ganharia dinheiro. O dinheiro controla a ciência.
Explique-nos
esse poder que diz ter a mente para a autocura.
Falei
que a mente controla: se pensa de uma maneira, se vai a uma direção e se pensa
de outra. Por exemplo, fecho os olhos, os abro e vejo alguém que amo. Então meu
cérebro segrega dopamina, ocitocina e etc. Posso sentir em meu corpo o amor, e
essa química traz saúde para as células. Por isso quem se enamora se sente tão
bem. Mas se abro os olhos e vejo algo que me assusta, segrego hormônios do
estresse. Esses hormônios fazem duas coisas. A primeira é que freia o
crescimento do corpo. Porque se um leão me persegue preciso de toda a energia
para poder escapar, e meu organismo apaga tudo o que não é imprescindível para
correr mais rápido, assim se paralisa tudo o que tem a ver com crescimento. Não
sabemos, mas temos que crescer todos os dias, porque senão morremos. Cada dia
centenas de bilhões de células morrem e temos que ir produzindo novas. A cada
três dias o sistema digestivo renova suas células, mas se se interfere nesse
crescimento, então não posso estar saudável, porque estou perdendo demasiadas
células por dia, por isso a quimioterapia faz que se caia o pelo e cria
problemas de digestão, porque mata todas as células, não apenas as do câncer. A
segunda consequência dos hormônios do estresse é que se trava tudo aquilo que
usa energia. E o sistema imunológico usa muita energia. Quando estás enfermo,
te sentes muito cansado porque tua energia a está usando no sistema
imunológico.
Expliquemos
o que é a medicina quântica ou medicina da energia.
Os
hormônios do estresse apagam o sistema imunológico, até mesmo a medicina usa
esse efeito em algumas ocasiões. Por exemplo, se me transplantaram um coração,
meu sistema imunitário o rejeitaria. Nesses casos, os médicos dão hormônios do
estresse e isso impede que funcione o sistema imunitário. É tão claro o que
suprime o sistema imunitário que o usamos como medicamento. Quando a pessoa
está sob estresse, afeta de duas maneiras: a primeira é que deixa de haver
crescimento e a segunda é que se apaga o sistema imunológico. Dessa forma,
vírus nocivos podem atacar-me facilmente. Quando você esta sob muito estresse,
adoece. E devo dizer que, se tomamos uma amostra de sangue de cada pessoa,
descobrimos que todos têm células cancerígenas. Sempre temos, mas se o sistema
imunológico está funcionando, não podem crescer. Uma vez que se apagam o
sistema imunológico, proliferam. É como a gripe não tem que pegar o vírus, já o
tem dentro. São organismos oportunistas. Como dizia, a primeira razão pela qual
a medicina de hoje é questionável, é porque os médicos não sabem como funcionam
as células. A segunda é que a medicina está baseada na física de Newton. Não
reconhece a energia, esta parte invisível, os sinais eletromagnéticos. Mas, no
princípio do século XX, apareceu a física quântica, que disse que tudo é
energia, o que podemos ver e também o invisível. Se olha dentro do átomo, há
elétrons, prótons, nêutrons. E o que há dentro? Energia. A ciência mais recente
indica que o corpo responde à física quântica, não a newtoniana. A medicina
disse que queria mudar a química do organismo com drogas e a nova medicina
disse que há que mudar a energia. E essa nova medicina, a quântica, é muito
mais poderosa. Porque responde primeiro ao campo energético que ao físico.
E
isso se liga com a física quântica. Se tudo é energia, os pensamentos também?
Como influem em nossa saúde?
A
mente é energia. Quando pensas, transmites energia, e os pensamentos são mais
poderosos que a química. Assim, que isso é pior para as empresas farmacêuticas,
porque não podem vender. Por tanto, não lhes interessa uma conexão entre a
mente e o corpo. Mas é certo que as próprias crenças se convertem em um campo
energético, uma transmissão, e esta se transforma num sinal capaz de mudar o
organismo. E assim é como funcionava a cura antes do desenvolvimento da
medicina. As pessoas se curavam com os xamãs, com as mãos… Mas isso não se pode
vender, e por isso a medicina não quer ir por esse caminho. E é a razão pela
qual mudei minha carreira. Estava ensinando na universidade que segue com
drogas e sabia que isso não era verdade. A medicina o sabe, mas não fala disso.
Sabe que o pensamento positivo, o placebo, pode curar e também que o pensamento
negativo pode matar. Na realidade, não é seja positivo ou negativo, é a maneira
de pensar. Se o médico te diz que você tem câncer, ainda que não tenha, se
acredita, criará uma química que gerará câncer. Portanto, o problema não é
tanto o entorno real, mas como você o interpreta. Por isso não funciona a
medicina, porque não reconhece a física quântica. Não olha até aí, porque o
dinheiro está em outro lado.
Você
explicou que na mente, quem realmente tem o poder é o subconsciente, por isso é
tão difícil mudar hábitos de pensamento?
É
milhões de vezes mais poderoso e mais importante que a mente consciente.
Utilizamos o subconsciente 95% do tempo. Mas não podemos controlá-lo.
Podemos reprogramá-lo. A
informação do subconsciente se recebe nos primeiros seis anos de vida. Isso que
você aprendeu nos primeiros seis anos de vida se converte no conhecimento
fundamental de tua vida. Portanto, há muitos estudos que demonstram que as
enfermidades que temos na vida adulta, como o câncer, tem a ver com a programação
e o entorno que vivemos nos primeiros seis anos de vida.
Quer dizer, as crianças
absorvem também suas enfermidades ou suas atitudes negativas, e assim se
programa seu subconsciente. Que grande responsabilidade para os pais!
As
pessoas quando ouvem isso, se preocupam se culpam. Mas não é culpado se você
não sabe que o subconsciente funciona assim. Nossos pais não sabiam disso, nem
nossos avós e bisavós. Agora, quando compreende, tem que mudar sua maneira de
viver, porque agora sim é responsável. Foi demonstrado que se uma criança
adotada vive com uma família onde há casos de câncer, em sua maturidade, pode
padecer de câncer, ainda que sua genética seja diferente. Se te ensinaram
maltratar o corpo com má informação, destruirás o veículo do teu corpo, cujo
condutor é a mente. E no futuro é uma melhor educação para as crianças, incluso
na etapa pré-natal.
Podemos
reprogramar o subconsciente para estarmos mais sãos ou sermos mais felizes com
nossas vidas?
Os
comportamentos que vem do subconsciente não são percebidos e podem estar te
fazendo mal. Ainda que você se sinta doente e ponha a culpa em outra coisa. Ao
mudar estes programas errôneos no subconsciente, pode recriar toda tua vida. Há
várias maneiras de fazê-lo. Pensa-se que, quando a mente consciente registra
algo, o subconsciente também registra essa informação. Mas não é assim. A mente
consciente é criativa e a mente subconsciente trata de todos os hábitos.
Ensina-se ao subconsciente algo diferente, se o ensina também ao consciente,
mas não ao contrário. Por isso a maneira de reprogramar é repetir e repetir até
que se cria um hábito. Se leio um livro de autoajuda, minha mente consciente
diz: “sei tudo o que há nesse livro e o aplico”, mas o subconsciente não se
inteira de nada. Então pensas “Por que sei tanto e, todavia meu corpo não
funciona?”. Os pensamentos positivos, o conhecimento… só funcionam em 5% do
tempo, mas os 95% são hábitos que temos desde minha infância. E essa é a razão
pela quais pensamentos positivos não são suficientes. Ajudam, mas não vês
muitos resultados. Tudo segue igual até que transformes o subconsciente.
Com
sua investigação, se uniu a ciência e a crença, um binômio que evita a maioria
dos cientistas. Você crê na eternidade?
Absolutamente,
sim. Não há duas pessoas iguais, e eu o digo desde o ponto de vista biológico.
Se coleto minhas células e as introduzo em teu corpo, não é você, e o sistema
imunológico as rejeita. Nas células há como uma espécie de antenas em
miniatura. São receptores e algumas são auto receptores. Você tem auto
receptores diferentes dos meus. Mas os receptores recebem os sinais do entorno.
Se corto esses receptores, a célula não tem nenhuma identidade, porque não vem
de dentro, mas de fora. Para explicar-lhe de forma gráfica, diria que o corpo é
como um televisor: minhas antenas captam e reproduzem o programa televisivo de
Bruce. Esses receptores reúnem essa transmissão. Se estou vendo a tv e se
estraga o tubo de imagem, o televisor morre, mas segue a transmissão. Se esse
ser tem os mesmos receptores que você tem, voltará a estar transmitindo o
mesmo, mas em outro corpo. Isso explica a reencarnação, e quer dizer que o
corpo pode ir e vir, mas a transmissão sempre está ali.
Isso
te fez crer que temos espírito?
Nunca
havia acreditado em espírito, mas quando comprovei isto na célula, transformou
minha vida inteira. A pergunta é: porque esta duplicidade? Por que possuir um
espírito e um corpo? E a resposta veio de minhas células: se só existe o
espírito, só com a parte espiritual, como viver um por do sol, que se sente
quando está enamorado, o sabor de uma barra de chocolate? Todas essas sensações
vem das células do corpo, que pode cheirar, sentir, ter experiências. Une tudo
isso e transmite ao cérebro. Converte-se em vibrações e as transmite a fonte do
ser. Se morre meu corpo, minha fonte de ser e meu espírito tem a memória até
que tenha outro corpo. A lição mais importante é que estar vivo é um presente,
uma alegria por tudo o que podemos sentir. Quando fizermos isso todo o mundo
estará curado.